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Festas juninas: oportunidade para resgatar tradições alimentares
Festas juninas: oportunidade para resgatar tradições alimentares
“O milho já está maduro / Na palha vai se assando / No São João e São Pedro / A festa de maior brilho / Porque pamonha e canjica / Completam a festa do milho”, cantava o “rei do baião” Luiz Gonzaga, saudando os sabores das tradições alimentares dos festejos juninos.
“Junho, mês de são João, é mês do milho, festival, sonoro, inesquecível, da humilde pipoca ao bolo artístico”. Os versos do historiador e antropólogo potiguar Câmara Cascudo, registrados em 1967 no livro “História da Alimentação no Brasil”, ressaltam a forte ligação das festividades juninas com a celebração da época de colheita do milho no país.
Além do milho assado ou cozido, outras comidas derivadas do grão são servidas durante os festejos juninos. As receitas ganham nomes diferentes de Norte a Sul. O que se conhece como curau no Sudeste, feito do milho verde ralado e espremido, chama-se canjica no Nordeste.
A canjica no Sudeste, por sua vez, é o nome que se dá ao milho seco quebrado e à sua receita mais famosa (cozido com leite e açúcar). De volta ao Nordeste, essa receita adocicada chama-se mungunzá.
Coco e amendoim
Não é somente o milho que reina nesta época do ano. Servido com sal ou açúcar, o amendoim torrado é muito apreciado nas comemorações de junho.
Entre as guloseimas feitas com amendoim estão o pé-de-moleque e a paçoca. Para incrementar o sabor, o amendoim também está presente na preparação da canjica (curau ou mungunzá).
Outro ingrediente que pode ser usado em diversos pratos é o coco, que também faz parte das receitas de canjica. O bolo de coco é apreciado em diversas regiões do Brasil.
Milho, coco e amendoim, além de deliciosos, são alimentos muito nutritivos, ricos em ferro, potássio, fibras, sais naturais, óleos, proteínas e açúcares.
Texto: Francicarlos Diniz
Fonte: Ascom/Consea