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Falta de regulamentação da rotulagem engana consumidor, diz conselheira
A edição 1023 da revista Época, publicada em 5 de fevereiro, traz reportagem em que destaca a dificuldade que o consumidor brasileiro tem para identificar a composição dos percentuais de ingredientes integrais nos rótulos dos alimentos industrializados, como massas, pães e biscoitos. Produtos feitos com 1% ou 100% de farinha integral podem trazer a mesma classificação “integral” na embalagem.
Pesquisa do Idec mostrou que apenas três de 14 marcas de biscoitos considerados integrais vendidas no Brasil tinham de fato farinha ou cereal integrais como principal ingrediente. O instituto também realizou pesquisa em que 85,5% dos entrevistados afirmaram que um produto só deveria utilizar o termo “integral” no rótulo se possuísse, no mínimo, 50% de cereais integrais. Já 36,9% acreditam que, para ser considerado integral, um produto deve ter 100%.
“A falta de padrões mínimos e a constatação de que em muitos casos o ‘integral’ só constava dos rótulos fizeram com que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) começasse a analisar o problema”, afirma a revista. A ideia é estabelecer padrões de matéria-prima – farinha ou cereal – integral na composição dessa categoria de alimentos.
“Essa falta de regulamentação engana quem compra”, diz Ana Paula Bortoletto, nutricionista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). “O consumidor acredita que está ingerindo uma quantidade maior de fibras, mas pode ter comprado produtos com só 1% de farinha integral”, completa ela, que é conselheira do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
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Fonte: Ascom/Consea