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Direito à terra é essencial para garantir a saúde dos povos indígenas
Foto: Arquivo/ Consea
900 mil pessoas de 305 povos com 274 línguas diferentes, concentrados em sua maioria nas regiões Norte e Nordeste. Assim está formada a população indígena do Brasil de acordo com dados do IBGE e da Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde (Sesai/MS). Comparado a dados nacionais, o índice de mortalidade infantil nas comunidades indígenas retrata porque esses povos precisam de um atenção à saúde específica. A taxa nacional de mortalidade entre crianças menores de cinco anos é de 12,7%. Quando se trata de criança indígena, a porcentagem chega a 29,8%.
Esses e outros dados devem ser apresentados em um boletim do Ministério da Saúde ainda este ano. Na manhã desta terça-feira (13), gestores e colaboradores que atuam no atendimento e monitoramento da saúde dos povos indígenas estiveram reunidos na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em Brasília para debater o cenário epidemiológico e as ações realizadas em territórios dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).
De acordo com Janini Ginani, da Divisão de Atenção à Saúde Indígena (Dasi), questões habitacionais, alimentares e sanitárias são essenciais para a construção de políticas públicas efetivas para redução da mortalidade infantil. “A mortalidade infantil é muito mais vezes afetada por uma melhoria de acesso a condições sanitárias, melhoria de acesso a alimentos, do que muitas vezes a própria ação das equipes de saúde. A questão do direito à terra é essencial quando a gente pensa em segurança alimentar e nutricional, em especial pela questão da produção. Espaços contínuos de terra produtiva, que tenha capacidade de fomentar e de garantir alimentação e a subsistência dos povos indígenas é essencial”, explicou.
Fonte: Ascom/Consea