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Consumo de frutas da estação ajuda a economizar água
Imagem: Ikatu Consumo Consciente
Quantos litros de água são consumidos para produzir as frutas que você come? Ao pensar nisso, considere não só a quantidade de água que o fruto carrega no momento em que você o saboreia, mas também em todos os litros que foram necessários durante o cultivo desse alimento. A dica é do Instituto Akatu, uma organização não governamental sem fins lucrativos que trabalha pela conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente.
O resultado desta conta, diz a organização em matéria publicada em seu site, vai depender muito do tipo de fruta e das condições em que ela foi produzida. Se for cultivada em terreno e região propícios para o seu desenvolvimento natural e na sua melhor época, isto é, “durante a sua estação”, vai consumir muito menos água e, possivelmente, apenas água de chuva.
Já para produzir fora da estação da fruta, só com irrigação e muita água. Um quilo de manga, por exemplo, pode exigir até 450 litros de água de irrigação para ser cultivada caso seja produzida fora da estação no semiárido do Nordeste. Nesta região, o volume de irrigação é alto também para outras frutas produzidas fora da estação, como a goiaba (400 litros/kg para a irrigação), o mamão (360 litros/kg) e a melancia (140 litros/kg).
Quando uma fruta é produzida em sua estação, a irrigação geralmente não é necessária. Isso significa algo importante: que preferir frutas da estação ajuda a economizar água. Por isso, saiba que tomar a simples atitude de comprar frutas da estação na região onde você vive pode ajudar a diminuir o impacto hídrico de sua produção – o que é muito bom para o meio ambiente e, consequentemente, para todos nós.
A estação para produção de cada alimento varia de acordo com a região: mangas, por exemplo, costumam crescer naturalmente no Sudeste entre os meses de outubro e dezembro enquanto, no Nordeste, podem ser colhidas durante o ano inteiro em áreas propícias para o cultivo na região. Já os cajus são naturalmente abundantes de agosto a dezembro em estados como Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. Também no Nordeste, a safra do cajá ocorre de março até junho. No sul do país, a safra dos figos geralmente acontece entre dezembro e abril.
Produção e consumo local
Claro que é possível consumir alimentos da estação que vêm de outro local, mas, se ao fazer a sua escolha o consumidor der preferência para as frutas da estação da sua região, além de provocar uma muito menor demanda por água na produção, ele está automaticamente garantindo um uso menor de combustíveis fósseis no transporte desses produtos até as prateleiras do supermercado.
A menor necessidade de combustível usada nesse transporte reduz o impacto ambiental do produto, uma vez que alguns dos gases emitidos pelo uso de combustíveis fósseis, como o gás carbônico (CO2), são grandes responsáveis pelo aquecimento global e pelas mudanças climáticas que o planeta vive atualmente e que ameaçam o bem-estar dos ecossistemas e das pessoas.
As frutas que são transportadas por longas distâncias também consomem energia elétrica para mantê-las refrigeradas. É mais um fator que aumenta o impacto, visto que é preciso refrigerar a carga, além de encarecer o produto final que chega às mãos do consumidor.
Frutas transportadas por distâncias menores não só ficarão mais baratas na conta final como terão menos chances de sofrer amassamento e deterioração no percurso – o que diminui o seu desperdício e as torna mais atraentes nas prateleiras do supermercado. Ao chegarem mais frescas ao consumidor, essas frutas também estão mais saborosas e nutritivas.
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Fonte: Ascom/Consea, com informações do Instituto Akatu.