Notícias
Proibição da propaganda de alimentos não-saudáveis já está em vigor no Chile
Imagem: Universidade de Granada/ES
Entrou em vigor no Chile, neste final de ano, a proibição da publicidade televisiva de alimentos ultraprocessados com excesso de calorias, sal, açúcar e gordura, para o horário entre 6h e 22h. A medida complementa a nova lei de rotulagem, adotada pelo país em 2015, e vale para a tanto para TV aberta como fechada, abrangendo também as salas de cinema. Desde 2015, inclusive, já estava proibida a publicidade desses alimentos em programas com audiência infantil superior a 20%.
Trata-se de mais uma medida no enfrentamento inédito que o país empreende contra a obesidade. Atualmente no Chile, 74,2% dos adultos têm sobrepeso ou estão obesos. Entre a população mais pobre a situação é a ainda mais grave: 82% das pessoas se encontram acima do peso. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) colocou o país no topo do ranking da obesidade feminina na América do Sul.
Este cenário devastador levou o Chile a aprovar em 2015 uma nova lei de rotulagem, que prevê a inclusão de um selo de advertência nas embalagens de alimentos ultraprocessados com excesso de nutrientes críticos. Desde então, a lei vem sendo considerada como marco e referência para diversos países como Uruguai, Canadá, México e, inclusive, o Brasil.
Outra novidade trazida pelo novo decreto é a proibição total à publicidade de fórmulas infantis. Além da restrição à televisão, está vedada a distribuição de brindes, a realização de sessões de degustação e de promoções, e o uso, nas embalagens, de palavras que tenham caráter publicitário.
O artigo completo sobre o novo decreto chileno pode ser lido no blog O Joio e o Trigo.
Fonte: Consea com informações da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável