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Prêmio Juliana Santilli de Agrobiodiversidade divulga os projetos vencedores
Premiação teve 3 categorias: duas para iniciativas ligadas à produção e ao uso da agrobiodiversidade e a terceira premia um texto sobre o tema. Imagem: Sylvia Bahi/ISA
O Instituto Socioambiental (ISA), a Associação Bem-Te-Vi Diversidade e a Editora Mil Folhas, do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), divulgaram no último dia 21 de setembro o resultado do Prêmio Juliana Santilli de Agrobiodiversidade.
A premiação foi dividida em três categorias: as duas primeiras premiam iniciativas ligadas à produção e ao uso da agrobiodiversidade e uma terceira premia um texto sobre o tema. No caso das duas primeiras, será disponibilizado aos vencedores apoio para uma visita ou intercâmbio de experiências de agrobiodiversidade.
O premiado na categoria 1, que contempla iniciativas que promovem a ampliação e a conservação da agrobiodiversidade, foi o Projeto de Assentamento Agroflorestal José Lutzenberger, do MST, localizado no município de Antonina, litoral norte do Paraná, na Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaraqueçaba.
Vida para as florestas
O projeto concilia a produção de alimentos livres de agrotóxicos com a recuperação da Mata Atlântica da região, “uma iniciativa de vida para as florestas e para as pessoas que nela vivem”, nas palavras dos proponentes. Nessa categoria, outras cinco iniciativas, receberam o selo de reconhecimento do prêmio.
Na categoria 2, que contempla iniciativas que promovem e estimulam a agrobiodiversidade em experiências de economia solidária e associativa, os premiados foram as lideranças do Território Tenonde Porã, com uma iniciativa que acontece na aldeia indígena Guarani Mbya, na Zona Sul de São Paulo.
Trata-se da Tembi´u Porã – Alimento Sagrado, projeto que recupera sementes dos alimentos sagrados e distribui as variedades recuperadas para outras aldeias Guarani Mbya. Também nessa categoria outras cinco iniciativas receberam o selo de reconhecimento.
Iniciativas que fazem a diferença
Na categoria 3, cujo prêmio é a publicação do texto submetido pela Editora IEB - Mil Folhas, o vencedor foi a coletânea intitulada “Práticas e saberes sobre agrobiodiversidade: a contribuição de povos tradicionais”, que reúne textos de Ana Gabriela Morim de Lima, Igor Scaramuzzi, Joana Cabral de Oliveira, Laura Santonieri, Marilena Arruda Campos e Thiago Cardoso.
Nessa última categoria, o texto de Joana Braun Bassi, “Viver de mato só, não dá! Relações ecológicas entre pessoas, mato e paisagem de uma experiência etnográfica junto a habitantes do Confim da Águas”, foi agraciado com menção honrosa.
Para cada categoria, foram concedidos também selos de reconhecimento às iniciativas que fazem a diferença na agrobiodiversidade.
Pesquisadora, jornalista e promotora de justiça
O nome da premiação é homenagem à pesquisadora, professora, jornalista e promotora do Ministério Público do Distrito Federal, Juliana Santilli, falecida em 2015, aos 50 anos de idade. Ela foi fundadora do ISA.
O prêmio tem como objetivo reconhecer e promover iniciativas, individuais ou coletivas, que fazem a diferença para a ampliação, a conservação, o acesso, a distribuição ou o uso de produtos da agrobiodiversidade, além de premiar a produção intelectual sobre o tema.
A data de entrega do prêmio ainda será divulgada pelas instituições organizadoras.
Para informações gerais sobre o prêmio, clique aqui.
Para conhecer os projetos vencedores, clique aqui.
Fonte: Ascom/Consea, com informações do ISA