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Plataforma do Idec localiza as feiras orgânicas mais próximas da sua casa
Tenda Alimentação Saudável, no Congresso de Agroecologia 2017. Imagem: Rafael Zart/MDS
Você sabe encontrar a feira orgânica mais próxima da sua casa? Para ajudar as pessoas que estão em busca de um alimento saudável com um preço mais acessível, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumir (Idec) aprimorou o site e o aplicativo Mapa de Feiras Orgânicas. O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) é um dos parceiros do instituto na iniciativa.
O lançamento da nova versão do site ocorreu na tarde desta quarta-feira (13) na tenda Alimentação Saudável. O espaço, organizado pelo MDS e parceiros, integra a programação do X Congresso Brasileiro de Agroecologia, que vai até sexta-feira (15) na capital federal.
O novo site oferece melhores escolhas alimentares e encurta o caminho entre o agricultor familiar e o consumidor. São quase 650 pontos de comercialização de orgânicos e agroecológicos cadastrados em todo o país. Todos são identificados com a ajuda da geolocalização. É possível, por exemplo, traçar rotas para chegar ao local escolhido.
“O site ficou melhor para quem acessa do celular ou do tablet. A gente também ampliou os conteúdos. Agora temos uma aba com receitas de produtos das feiras orgânicas e também conteúdo como cartilhas, documentos e legislações sobre produtos orgânicos e alimentação saudável na nossa aba de biblioteca”, explicou a pesquisadora em alimentos do Idec, Mariana Garcia.
A pesquisadora destaca que o site é colaborativo – quanto mais as pessoas participarem melhor e mais abrangência terá a ferramenta.
A zootecnista Cellyneude Fernandes, 36 anos, ainda não conhecia o Mapa de Feiras Orgânicas. Ela está participando das atividades na tenda Alimentação Saudável para ajudar o filho Pedro, de 7 anos, nos trabalhos da feira de ciências da escola dele. Para Cellyneude, o aplicativo é uma ótima ideia para quem está buscando uma alimentação mais saudável e de qualidade.
“Chegando aqui vi o quanto a gente precisa avançar na questão da alimentação saudável. Na oficina, a gente teve a possibilidade de conhecer o funcionamento do site e ver que podemos colaborar. A gente tem muita receita para compartilhar”.
Temperos na alimentação infantil também são tema da palestra
Coentro, açafrão, pimenta. Temperos que remetem à memória afetiva do paladar. Entre tantos outros, são eles que dão sabor aos alimentos, mas seus poderes vão além. A cozinha de casa funciona como uma farmácia, pois os temperos funcionam como remédios naturais.
A nutricionista Deise Lopes, das Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSA) Toca da Coruja, do Distrito Federal, conversou nesta quarta-feira (13) sobre esses benefícios com o público da tenda Alimentação Saudável, no X Congresso Brasileiro de Agroecologia.
O espaço, organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e parceiros, integra a programação do X Congresso Brasileiro de Agroecologia, que vai até sexta-feira (15) na capital federal.
Na palestra sobre “Temperos e plantas medicinais na alimentação e a construção do paladar em crianças”, Deise explicou que a garotada tem muita dificuldade em consumir alimentos novos. “Elas são acostumadas desde cedo com o paladar de comida industrializada”, disse.
Segundo ela, o ideal é estimular a construção do paladar por meio de alimentos saudáveis. “Quando você fala de comida, a memória remete mais aos temperos que os ingredientes principais. É isso que queremos incentivar. O tempero nos remete às nossas raízes. A alimentação fala de onde a gente vem”.
Para a professora Ana Carolina Carvalho, de Teófilo Otoni (MG), a conversa foi enriquecedora. Mãe de uma menina de um ano e oito meses, ela se preocupa com a alimentação da filha. Disse que vai se esforçar ainda mais para que a pequena mantenha hábitos saudáveis.
“Toda informação é importante para ampliar o nosso repertório na cozinha já que estamos na fase de introdução alimentar da criança. Penso muito na questão da obesidade infantil que tem crescido cada vez mais no Brasil”. Ana Carolina acredita que, se trabalhar o conceito de alimentação saudável na infância, a filha terá na vida adulta “uma alimentação diferenciada e maior cuidado com a saúde”.
No Brasil, segundo a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2016), do Ministério da Saúde, a obesidade atingiu 18,9% da população em 2016, quase um em cada cinco brasileiros. Além disso, 53,8% têm sobrepeso, o que corresponde mais da metade dos adultos que residem em capitais do país.
Fonte: Ascom/MDS