Notícias
Pesquisadores apresentam estudos internacionais sobre rotulagem adequada de alimentos
O evento foi aberto ao público, no auditório da Anvisa, em Brasília. Imagem: Nathan Victor/Consea
Uma intensa troca de experiências sobre o modelo ideal de rotulagem de alimentos marcou o Painel Técnico sobre Rotulagem Nutricional Frontal, realizado nesta quinta-feira (9), na sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em Brasília.
Modelos de estudos sobre rótulos adequados, adotados por Chile e Uruguai, e estudados no Brasil, foram o tema em debate. Marcela Reyes, doutora na área de nutrição e professora na Universidade do Chile, destacou dados crescentes sobre a obesidade entre crianças no país vizinho, um dos motivos que influenciaram a implementação da lei de rotulagem, promulgada em 27 de junho do ano passado.
Durante a apresentação, a pesquisadora mostrou como é o novo padrão de rotulagem de alimentos no país. O modelo de advertência indica, de maneira similar à placa de “pare”, com fundo preto, os alimentos ricos em gorduras saturadas, açúcares, sódio e calorias. "O Chile reconheceu este problema há muitos anos. Decidimos combater isso com uma perspectiva: educação”, disse.
Gaston Ares, professor da Universidade da República do Uruguai, destacou que o consumidor precisa compreender o que está escrito e representado nos rótulos, por meio da associação entre cor e conceito de alimento não-saudável. "Os rótulos devem permitir identificar mais rapidamente produtos maléficos à saúde, e também desfavorecer a seleção de alimentos com muito açúcar ou sal", afirmou ele. Após diversos estudos científicos e de opinião, o país também chegou à conclusão de que a advertência frontal é a que mais ajuda a população a identificar produtos com excesso de nutrientes críticos.
Segundo Ares, nas pesquisas online de rotulagem adequada feitas com 4,3 mil pessoas, 93% consideraram uma boa medida no país, ressaltando os seguintes aspectos: é fácil de entender, fácil de encontrar, ajuda na tomada de decisões e combate a propaganda enganosa.
Estagiário Nathan Victor, com supervisão de Beatriz Evaristo
Fonte: Ascom/Consea