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Mulheres lutam pelo feminismo e pela soberania alimentar
“Construímos movimento para mudar o mundo, com Feminismo e Soberania Alimentar” foi o lema da 5ª Assembleia das Mulheres da Via Campesina, realizada em Derio, no País Basco. Mulheres de todos os continentes, representando 164 organizações de 79 países, estiveram reunidas nos dias 17 e 18 de julho, para articular estratégias de ações e intercâmbio de experiências.
De acordo com a organização do encontro internacional, o movimento luta “contra o patriarcado, por alimentos saudáveis, proteção do meio ambiente, pela paz no mundo e para erradicar todas as formas de violência contra as mulheres”.
Ao final da assembleia, as mulheres divulgaram uma carta política reafirmando o “compromisso de resistência no campo, de participação plena nas organizações e de combate à violência contra as mulheres até sua erradicação completa, de repudiar a guerra e contribuir para a construção da paz com justiça social, de defender a Mãe Terra e lutar pela recuperação de uma boa vivência para toda a humanidade”.
Além disso, a carta destaca que “a natureza e a agricultura continuam sendo mercantilizadas” e mostra preocupação com o crescimento da fome e pobreza extrema no campo. As participantes também apontaram as inúmeras violações de direitos que as mulheres do campo sofrem em todo o mundo, como feminicídio, criminalização de organizações, grilagem de terras, migração forçada, guerras, morte e perseguição de familiares, uso de agrotóxicos que afetam a saúde e, até mesmo, a contaminação das sementes nativas por transgênicas que colocam em risco a soberania alimentar.
Clique aqui e leia a carta na íntegra (em espanhol)
Fonte: Ascom/Consea