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Feira Agroecológica e da Sociobiodiversidade é oportunidade de troca de experiências
Agricultores familiares mostram, em mais de 80 estandes, produtos dos seis biomas brasileiros. Imagem: Rafael Zart/MDS
A agricultora familiar Andreia Silva, 52 anos, trouxe os doces de frutas secas do Cerrado produzidos na Vila de Sagarana, pequeno distrito de Arinos, em Minas Gerais, para a Feira Agroecológica e da Sociobiodiversidade, que acontece em Brasília até sexta-feira (15), durante o X Congresso Brasileiro de Agroecologia.
Ela diz que é a primeira vez que participa de um grande evento. A oportunidade de trazer os produtos para Brasília aumentou a esperança da agricultora por bons negócios. “Percebemos que é um ganho participar de uma feira tão grande como essa, porque, além da troca de experiências, temos a possibilidade de fazer novos negócios. Estamos muito felizes de estar aqui. Acho que a gente não vai ter produto suficiente até o final”, contou com um sorriso no rosto.
A agricultora expõe os produtos no estande do Centro de Referência em Tecnologias Sociais do Sertão (Cresertão), uma das 80 bancas da feira que representam os seis biomas brasileiros – Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa.
Além dos produtos típicos da região do sertão mineiro, a associação também comercializa hortaliças e frutas em feiras e por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).
"O PAA ajuda na geração de renda e na questão do comércio justo. Houve uma mudança significativa na nossa comunidade. Mudamos algumas práticas familiares ao cuidar mais do alimento e perceber que podemos diversificar a cultura. Tudo isso veio com o PAA”, afirmou Andréia.
Convidada pela rede Slow Food, a Associação de Jovens Agroecologistas Amigos do Cabeço (Joca) vieram de Jandaíra, no Rio Grande do Norte, para apresentar o mel da abelha Jandaíra. Conhecida por não ter ferrão, a abelha produz um mel quase branco muito usado na alta gastronomia.
Além do mel, a Joca também planta hortaliças e frutas. Tudo é vendido para o PAA. Para a agricultora familiar Francisca Silene da Silva, 30 anos, o programa é o caminho para o pequeno produtor vender o seu excedente. “Muitas vezes, a gente tem uma produção e não tem pra quem vender. O PAA facilita essa venda. Além disso, a gente tem o incentivo para aumentar a produção e vender mais.”
Com o convite para participar do evento, Francisca ficou empolgada com a possibilidade de fazer bons negócios. “Essa é uma oportunidade ótima pra gente divulgar o nosso produto. Mostrar para outros Estados que o trabalho com agroecologia dá certo.”
A Feira Agroecológica e da Sociobiodiversidade está sendo promovida no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A entrada é gratuita.
Fonte: Ascom/MDS