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Evento celebra primeiro ano da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável
Evento de celebração do primeiro ano de criação da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, na Universidade de Brasília. Imagem: Francicarlos Diniz/Consea
“É importante manter em evidência a pauta da educação alimentar e deixar claro para a sociedade o conflito de interesses que envolve a indústria de alimentos em suas ações de comunicação”.
A afirmação é da publicitária Fernanda Hiro e foi feita durante a cerimônia de celebração do primeiro ano de criação da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, rede que reúne diversas organizações sociais em defesa do direito à alimentação saudável.
“É preciso conscientizar a população sobre o que ela está comendo, alfabetizar os brasileiros para a leitura dos rótulos dos alimentos”, ressalta Fernanda, ao destacar a importância da atuação da Aliança. “Essa conscientização deve começar nas escolas. Assim como têm aulas de tabela periódica, as crianças precisam estudar sobre tabela de composição nutricional dos alimentos”, completa.
O evento, realizado nesta terça-feira (31), na Universidade de Brasília (UnB), contou com a participação da nutricionista Ana Paula Bortoletto, representante do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) no Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), estudantes, professores, pesquisadores e representantes do poder público.
A presidenta do Consea, Elisabetta Recine, também esteve presente no encontro. “O Estado brasileiro precisa assumir o papel regulador das políticas públicas de segurança alimentar e nutricional”, destacou ela em sua participação. Segundo Elisabetta, a agenda da Aliança está focada em três grandes ações: efetivação da proibição da publicidade dirigida ao público infantil, melhoria da informação nos rótulos de alimentos e aprovação de medidas fiscais promotoras da alimentação adequada e saudável.
No final do encontro, o jornalista João Peres, do site “O joio e o trigo”, comentou sobre a série de histórias de jornalismo investigativo que mostrará casos de conflitos de interesses nas políticas de alimentação e nutrição. “Queremos construir uma experiência de informação que permita reduzir as distâncias entre aqueles que concentram poder e privilégios e os que ainda se veem sem direitos tão básicos, como o de se alimentar de maneira saudável”, destacou Peres.
Fonte: Ascom/Consea