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Entidade integrante do Consea recebe prêmio pelos resultados do Programa Cisternas
Diante de representantes de 300 nações, ASA recebe o "Oscar das políticas públicas" para o Brasil. Imagem: World Future Council
O professor Naidison de Quintella Baptista, membro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e também coordenador nacional da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), recebeu nesta terça-feira (12), na China, em nome do Brasil, o Prêmio Internacional de Política para o Futuro (Future Policy Award, no original, em inglês). A homenagem foi concedida pelos resultados do Programa Cisternas, financiado desde 2003 pelo governo federal, e que já construiu mais de um milhão de cisternas no Nordeste.
O prêmio, considerado o “Oscar” das melhores políticas internacionais, destaca leis e práticas que conseguem combater com sucesso a desertificação e a degradação do solo. É promovido pela organização sem fins lucrativos World Future Council - WFC (Conselho do Futuro do Mundo).
Entre os laureados estavam o Brasil, que dividiu o segundo lugar com a China, e a Etiópia, que alcançou o primeiro lugar pela restauração de terras na região de Tigray. Em terceiro lugar ficaram a Austrália, a Jordânia e o Níger. No total, foram destacadas 27 iniciativas de 18 países. Cada edição do prêmio homenageia políticas com um tema específico.
Em 2017, foram avaliadas ações que contribuem para a “proteção da vida e dos meios de subsistência nas terras secas” e combatem à desertificação. O WFC destaca que a mudança climática intensifica o processo de desertificação. As políticas premiadas não apenas contribuem para a proteção do meio ambiente, mas também podem promover a estabilidade social e política.
Ministros e convidados
A cerimônia de premiação ocorreu em Ordos, na Mongólia Interior da China, durante a 13ª Sessão da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (UNCCD). O evento reuniu 300 ministros e convidados de alto nível, Zhang Jianlong (que é ministro de Estado da Administração Florestal da China); Bu Xiaolin (governadora da Mongólia Interior); bem como o presidente do Tigray, Abay Weldu.
A subsecretária-geral das Nações Unidas e secretária-executiva da UNCCD, Monique Barbut, lembrou que as terras secas cobrem 40% da superfície da terra. “Centenas de milhares de pessoas são diretamente ameaçadas pela degradação do solo. E a mudança climática só vai intensificar o problema. Até agora, a subestimação do desastre ambiental tem recebido pouca atenção. Os holofotes do Prêmio Política para o Futuro 2017 estão voltados para as respostas emergentes aos desafios ambientais. Os premiados deste ano são todos oriundos de países afetados e demonstraram grande determinação ambiental e política”.
Fonte: Ascom/Consea