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Documentário sobre povos Guarani e Kaiowá estreia nos cinemas
O histórico de séculos de perseguição aos índios Guarani-Kaiowá é tema do documentário “Martírio”, que estreou nos cinemas na última quinta-feira (13).
Com farta documentação e narrado em primeira pessoa, o longa dá um mergulho no passado, da Guerra do Paraguai (1864-1870) aos dias de hoje, para investigar as origens da luta dos Guarani Kaiowá pela retomada de suas terras.
O longa percorre o caminho tortuoso entre o Mato Grosso do Sul até o centro do poder, em Brasília, onde atualmente se decide – com a tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215 – se a demarcação das terras indígenas deixará de ser tarefa exclusiva do Executivo, com a Funai, e passará ao Legislativo.
O filme, de 160 minutos, tem direção de Vincent Carelli e foi aplaudido pelo público por vários minutos em sua primeira exibição, no 49º Festival de Cinema de Brasília, em setembro de 2016. “Martírio” venceu o prêmio do público de melhor documentário brasileiro, na 40ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, no ano passado.
Demarcação de terras e segurança alimentar e nutricional
“A demarcação das terras indígenas é condição primária para a realização do Direito Humano à Alimentação Adequada dos povos indígenas Guarani e Kaiowá e para o acesso a todas as políticas públicas previstas no Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Plansan)”. O diagnóstico consta do relatório de visita, realizada entre os dias 28 de agosto e 2 de setembro de 2016, às comunidades indígenas (acampamentos e reservas) das etnias Guarani e Kaiowá do Cone Sul do estado do Mato Grosso do Sul.
A comitiva que visitou a região, liderada pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), abordou o acesso dos Guarani e Kaiowá aos alimentos, os impactos de programas sociais, qualidade, quantidade e regularidade das cestas básicas, o acesso à água, documentação e questões relacionadas à demarcação das terras.
O Consea encaminhou várias Exposições de Motivos e Recomendações aos órgãos do Poder Público sobre demandas indígenas, em especial os direitos dos povos Guarani e Kaiowá.
Fonte: Ascom/Consea