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Dia Nacional de Doação de Leite Humano: gotinhas que salvam vidas
“Toda gotinha que sobra no peito pode ser uma vida a ser salva”, afirma a conselheira do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, a pediatra Sônia Salviano. Nesta sexta-feira (19), o Brasil celebra o Dia Nacional de Doação de Leite Humano. A data reforça a importância do leite materno para a saúde das crianças, já que é o alimento primordial para a redução da mortalidade infantil.
A doação de leite humano atende a bebês que nascem prematuros ou com baixo peso e que ainda não conseguem serem amamentados diretamente no peito. Representante da Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar (IBFAN) no Consea, Sônia trabalhou por mais de vinte anos com bancos de leite no Distrito Federal. Segundo ela, qualquer quantidade de leite doado é importante porque alguns bebês necessitam de poucos mililitros nos primeiros dias. Ela explica que muitas mães de crianças nessas condições também tem dificuldades na produção de leite nos primeiros dias e, por isso, é tão importante a doação de leite humano para as unidades de saúde.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a estratégia de Bancos de Leites Humano (BLHs) do Brasil, entre os anos de 2009 e 2016, foram atendidos mais de 1,8 milhão de recém-nascidos. O número de mulheres doadoras chega a 1,3 milhão de mulheres doadoras, com aproximadamente, 1,4 milhão de litros de leite coletados. Em 2016, os bancos de leite do país registraram mais de 300 atendimentos em grupos, 1,7 milhão de atendimentos individuais e aproximadamente, mais de 270 mil atendimentos domiciliares.
O Distrito Federal é referência na coleta e distribuição de leite materno. Para a conselheira Sônia Salviano, a excelência no atendimento dos bancos de leite deve-se a longa trajetória de políticas públicas e campanhas desenvolvidas ao longo dos anos. “O DF tem os bancos de mais antigos do país. Desde a década de 90, todas as maternidades públicas do DF possuíam bancos de leite”, conta Sônia.
Fonte: Ascom/Consea