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Cursos ensinam técnicas de manejo da água e do solo
Disseminar tecnologias sociais de baixo custo para o manejo de solo, água, animais e plantas, enfatizando o respeito ao meio ambiente e a promoção do desenvolvimento sustentável e da soberania alimentar e nutricional da população.
Fruto do reconhecimento do papel da agricultura familiar, esse movimento está mobilizando estudantes de Ceilândia (DF) e pequenos agricultores das cidades de Ibimirim e Glória do Goitá, em Pernambuco.
Os cursos em agroecologia vêm sendo aplicados em escolas públicas e estabelecimentos de ensino profissionalizante. O objetivo é formar agricultores, profissionais e estudantes para a compreensão e aplicação de diversas técnicas que podem minimizar os impactos no solo e na água.
Os participantes têm a oportunidade de conhecer técnicas para a produção de alimentos de alta qualidade biológica e consumo, otimizando espaços existentes e produzindo vida e saúde no quintal, na varanda e em diversos lugares.
Senso de comunidade
Em Pernambuco, os treinamentos do Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta) buscam aprofundar o senso de comunidade e dar autonomia ao morador do semiárido brasileiro, permitindo reduzir o êxodo rural.
O Serta, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), nasceu da necessidade de visibilizar a agricultura familiar e os agricultores, muitas vezes excluídos dos seus direitos, especialmente da centralidade das políticas governamentais.
A organização atua por meio de ações próprias e parceria com o sistema público de educação e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Os cursos envolvem famílias de produtores rurais nos projetos de aperfeiçoamento e já se espalhou para 59 cidades, com 320 famílias envolvidas.
Um dos cursos desenvolvidos aborda técnicas de reutilização de água a partir de um sistema de tratamento alternativo que faz uso da tecnologia de construção ferrocimento: o bioágua. O tratamento da água derivada do uso doméstico pode ser reutilizada para a irrigação de plantas.
Escola do Campo
Localizada no Núcleo Rural Boa Esperança, na cidade de Ceilândia (DF), o Centro de Ensino Fundamental (CEF) Boa Esperança ― tida como Escola do Campo ― atende a comunidade local, na sua maioria moradores de chácaras e trabalhadores de áreas rurais. São cerca de 350 estudantes com idades que variam dos sete aos 14 anos.
A área cercada de 1 hectare onde funciona a Escola do Campo está localizada em uma região do Cerrado do Vale do rio Descoberto, com córregos e nascentes ao redor.
O objetivo da escola é implementar na comunidade escolar conteúdos básicos que levem à sensibilização e a ao comprometimento com a sustentabilidade, o uso racional dos recursos naturais, além do desenvolvimento de valores humanos.
O CEF possui um projeto de sustentabilidade intitulado “Boa Esperança... De um Mundo Melhor”, dividido em quatro etapas: Água para Viver; Cuidar do Meio é Cuidar de Nós; Viva o Cerrado Vivo e Nosso Eco pelo Mundo.
Fonte: Ascom/ Consea