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Consea recebe resposta do IBGE sobre mudanças no Censo Agropecuário
Em resposta às considerações encaminhadas pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) sobre as mudanças no questionário do Censo Agropecuário, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) respondeu, por meio de ofício, que as adaptações foram realizadas por conta da redução de recursos financeiros disponibilizados para a realização da pesquisa.
No documento enviado ao IBGE, o conselho afirma que “o corte de quesitos sobre o uso dos agrotóxicos também é fato grave porque impactará a atuação de diversos órgãos públicos e organizações da sociedade civil que monitoram os seus efeitos nocivos na saúde humana, animal e ambiental”.
De acordo com o IBGE, as adaptações na pesquisa estão de acordo com “recomendações internacionais chanceladas pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que estão previstas nas orientações enviadas aos países quando da realização de seu censo agropecuário, entre 2016 e 2025”.
O IBGE informou que 4,3 milhões de estabelecimentos da agricultura familiar devem passar pelo recenseamento. “No caso específico do uso de agrotóxicos, o Censo Agropecuário investigará se o estabelecimento os usa para controle de pragas ou doenças vegetais”, diz o ofício.
Para o Consea, “a falta de dados atualizados sobre a agricultura familiar e os detalhamentos sobre as suas práticas agrícolas, situação fundiária e características do produtor como ‘cor ou raça’, dentre outros, constitui-se em retrocesso e invisibiliza o segmento no cenário das políticas públicas”.
Fonte: Ascom/Consea