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Brasil lança campanha pelo empoderamento das mulheres rurais
Campanha #MulheresRurais, mulheres com direitos, busca a redução da desigualdade de gênero rumo a um cenário rural mais justo. Imagem: Sead
Com o objetivo de dar visibilidade às mulheres rurais, e ao trabalho fundamental que desempenham para o desenvolvimento socioeconômico e sustentável, o Brasil lança a campanha #MulheresRurais, mulheres com direitos.
A iniciativa acontece em toda América Latina e Caribe, sendo capitaneada pela Reunião Especializada em Agricultura Familiar no Mercosul (Reaf) e pela Organização para Agricultura e Alimentação (FAO). A coordenação brasileira está com a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), e conta com apoio de diversos parceiros do Governo Federal, órgãos internacionais, entidades representativas e a sociedade civil.
Em busca do reconhecimento do papel das mulheres do campo para o desenvolvimento sustentável, a Sead incluiu o tema como um dos principais eixos da pasta para 2017. “Queremos fortalecer o empoderamento das agricultoras do nosso país. Dar visibilidade ao trabalho árduo e digno que elas realizam, buscando a ampliação e melhorias ao acesso às nossas políticas públicas. E a campanha chega para contribuir com a nossa missão. Com apoio dos parceiros, vamos juntos trabalhar pela redução da desigualdade de gênero rumo a um cenário rural mais justo”, ressalta o secretário especial, José Ricardo Roseno.
A campanha segue até novembro e tem como referência os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU que apresentam mais de 170 metas aos países que pertencem à Organização e marca o ano de 2030 como data limite para conclusão e resultados positivos frente aos objetivos propostos. O intuito é promover a troca de experiências entre os países envolvidos, além de proporcionar um diálogo sobre as políticas públicas desenvolvidas no setor. As ações visam o acesso à informação incentivando o despertar do empoderamento das mulheres que vivem e trabalham com a terra.
Durante a campanha estão previstas diversas ações, entre elas os mutirões de documentação do Programa Nacional de Documentação da Mulher Rural que têm como objetivo a emissão de documentos civis e trabalhistas das mulheres que vivem no campo. De acordo com a coordenação de políticas para Mulheres Rurais, Juventude, Povos e Comunidades Tradicionais, em 2016, o PNDTR beneficiou mais de 86 mil mulheres, através da execução de 530 mutirões itinerantes e emissão de mais de 176 mil documentos. Para 2017, a meta é chegar a 100 mil mulheres atendidas, com a realização de 600 mutirões. “Sabemos que ainda é pouco perto do que as mulheres rurais enfrentam no dia a dia. Mas é um caminho que já está sendo trilhado. Vamos trabalhar pelo acesso aos meios que ofereçam, cada vez mais, oportunidades de desenvolvimento para essas trabalhadoras”, destaca a coordenadora, Solange Moreira da Costa.
A iniciativa ainda conta com a colaboração de parceiros internacionais como a Unidad para el Cambio Rural de Argentina (UCAR) e a Agência de Implementação da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento (GIZ).
Também contribuirão entidades brasileiras como a Confederação Nacional dos Municípios (CNM); a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (SPM); ONU Mulheres; o Observatório de Gênero; o Ministério do Meio Ambiente (MMA); a Coordenação Nacional de Comunidades Quilombolas (Conaq); o Centro de Trabalho Indigenista (CTI); a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater); a Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer); e a Rede de Políticas Públicas e Desenvolvimento Rural na América Latina (Rede PP-AL).
Fonte: Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead)