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América Latina e Caribe pode ser 1ª região do mundo a erradicar a fome, diz FAO

Publicado em 02/02/2017 11h40 Atualizado em 01/07/2024 08h54

“A região tem todas as condições necessárias para alcançar esse objetivo, começando pelo grande compromisso político que sustenta o Plano de Segurança Alimentar, Nutrição e Erradicação da Fome da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC)”, disse o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva.

A região da América Latina e Caribe pode ser a primeira do mundo a erradicar a fome, por meio do fortalecimento de seu plano de segurança alimentar, afirmou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) na quarta-feira (25/01)(external link).

“A região tem todas as condições necessárias para alcançar esse objetivo, começando pelo grande compromisso político que sustenta o Plano de Segurança Alimentar, Nutrição e Erradicação da Fome da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC)”, observou o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva.

“O plano representa a cristalização da vontade dos governos de acabar com a insegurança alimentar antes até 2025 — cinco anos antes da meta fixada pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, acrescentou o brasileiro.

Aprovado pela CELAC em 2015, o projeto promove políticas públicas abrangentes para reduzir a pobreza; melhorar as condições de vida no campo; adaptar a agricultura às condições climáticas; acabar com o desperdício de alimentos; e mitigar os riscos de desastres.

Além disso, o plano não foca somente na erradicação da fome, mas também trata da obesidade, que afeta cerca de 140 milhões de pessoas na região. De acordo com a FAO, o plano também é totalmente alinhado com os compromissos globais, incluindo o Acordo de Paris sobre o clima e a busca pelos ODS.

Reforçar a agricultura familiar

Graziano destacou as ameaças apresentadas pelas mudanças climáticas, que têm potencial de reverter os ganhos obtidos na luta contra a fome e a pobreza extrema na região.

“A agricultura é o setor mais afetado por essas mudanças e suas principais vítimas são os pequenos agricultores familiares, homens e mulheres, muitos dos quais lutam diariamente pela sua sobrevivência”, acrescentou.

A FAO, em parceria com a CELAC, está desenvolvendo um plano para a agricultura familiar e para o desenvolvimento territorial rural, visando à promoção da intensificação sustentável dos sistemas de produção; de contratos públicos e de abastecimento alimentar; de serviços rurais; e de maiores oportunidades para a juventude rural.

Além disso, a agência da ONU também elaborou uma Estratégia Regional para a Gestão do Risco de Desastres para a Agricultura e Segurança Alimentar na região, cuja intenção é promover a capacidade de resistência e adaptação dos agricultores através de técnicas agrícolas sustentáveis e gestão de recursos.

Destacando os vínculos entre paz, segurança alimentar e desenvolvimento sustentável, o diretor-geral da FAO lembrou do processo de paz na Colômbia.

“Não haverá estabilidade social ou paz enquanto houver fome, pobreza e desigualdade. Nem podemos avançar se continuarmos a explorar os nossos recursos naturais. A sustentabilidade é uma pré-condição para o desenvolvimento”, frisou.

 Fonte: FAO

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