“Sem segurança alimentar e nutricional, tudo fica comprometido”

“A assistência social não pode funcionar como corpo de bombeiros. Os gestores públicos não compreendem a importância das políticas de segurança alimentar e nutricional”.

A afirmação é de Rodrigo Bezerra, educador ambiental e secretário adjunto de Assistência Social do município de Terenos (MS), que participa da etapa Centro-Oeste da Oficina Regional do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan).

Com cerca de 22 mil habitantes e a 23 quilômetros da capital do Estado, Campo Grande, Terenos tem 20 assentamentos rurais e mais de 100 em processo de efetivação.

Segundo Rodrigo, o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Comsea) de Terenos está sendo reativado, após sucessivas idas e voltas dos gestores públicos locais, “que não compreendem a importância do órgão como espaço de controle social”.

Rodrigo chama a atenção para a participação reduzida de representantes dos municípios na Oficina Regional do Sisan Centro-Oeste.

“Segurança alimentar e nutricional não é um campo isolado. Ela impacta e se retroalimenta na saúde, na educação, na cultura e na assistência social”, diz ele. “Sem ela, todo o resto fica comprometido”.

Ciclo de oficinas

A Oficina do Sisan no Centro-Oeste é a quarta de uma série de cinco encontros regionais. Os três primeiros ocorreram em São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e Recife (PE), envolvendo as regiões Sudeste, Sul e Nordeste. A quinta e última oficina regional será realizada em Manaus (AM), nos dias 26 e 27 de outubro, e reunirá os estados da Região Norte.

Os encontros são promovidos pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan), em parceria com a Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), com apoio da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan). Nos estados anfitriões, as oficinas são apoiadas pelo Consea e pela Caisan local.

Fonte: Ascom/Consea