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“Dados sobre desperdício de alimentos são chutes”, diz pesquisador à Folha de S. Paulo
As estimativas publicadas sobre perdas e desperdícios de alimentos, no Brasil, são “chutadas, sem base técnica”. É o que afirma Murilo Freire Júnior, pesquisador de tecnologia pós-colheita da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em entrevista publicada na última sexta-feira (06/01) no jornal Folha de S. Paulo.
“Quando se faz uma estimativa de perdas na cadeia, tem que reportar ano, cultura usada, se é uma variedade melhorada, resistente, adaptada, se foi plantada no verão ou no inverno, quais os tratos culturais que sofreu, se foi irrigada, adubada, qual tipo de solo”, questionou ele.
“Nada disso é abordado, então todos esses dados são estimativas chutadas, sem base técnica, não existe uma metodologia para avaliação de perda e desperdício, metodologia aprovada, estandardizada”, afirmou.
O pesquisador faz parte de uma iniciativa, a Save Food Brasil, que quer construir uma rede para combater a perda e o desperdício de alimentos no país. O objetivo da ação, de acordo com o jornal, é reduzir em 50% as perdas até 2030.
Na entrevista, o pesquisador explica o que é desperdício e o que são as perdas de alimentos. “De maneira geral, perda é toda aquela quantidade de alimento que não chega ao consumo humano, são atos não intencionais que ocorrem em toda a cadeia de produção”, explicou. “Desperdício é mais o final da cadeia, quando se joga fora algo que já foi produzido”.
Clique aqui para ter acesso à entrevista.
Fonte: Ascom/Consea, com informações da Folha de S. Paulo