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"Vivemos uma desconstrução de direitos", diz conselheiro no Cobran em Porto Alegre
Direitos humanos são uma construção ao longo do tempo. Garantir acesso à água, à alimentação, à saúde significa seguir a lógica dos direitos e não a lógica do mercado, destaca Irio Conti. Imagem: Consea
Em conferência sobre o direito à água, nesta quinta-feira (27/10), no 24º Congresso Brasileiro de Nutrição, em Porto Alegre (RS), o conselheiro Irio Conti, do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), disse que o Brasil vive hoje uma "desconstrução" de direitos.
"Ao longo dos tempos, os direitos humanos são uma construção, são uma conquista da humanidade. Eu digo isso porque, neste momento, estamos vivendo uma desconstrução de direitos", disse ele na conferência intitulada "Desafios na Defesa do Direito à Água, Alimentação e Saúde".
Segundo ele, "reconhecer esses direitos - à água, à alimentação, à saúde, que são direitos humanos -, significa seguir a lógica dos direitos e não a lógica do mercado", destacou o conselheiro.
A atividade ocorreu na manhã desta quinta-feira (27/10) e teve a pesquisadora argentina Mercedes Paiva como conferencista e o professor Eduardo Gonçalves Rocha como segundo debatedor.
"No Brasil, 6% de consumo da água é na indústria, 10% é de consumo humano e 84% é consumida em atividades agrárias. E é impressionante como esses 84% não são colocados em xeque, não são sequer discutidos", disse Eduardo Gonçalves Rocha, mestre em Direito Agrário na Universidade Federal de Goiás e doutorado em Direito na Universidade de Brasília (UnB).
O encontro é organizado pela Associação Brasileira de Nutrição (Asbran) e Associação Gaúcha de Nutrição (Agan), sob o tema “Conhecimentos e estratégias em Alimentação e Nutrição: multiplicando experiências e definindo caminhos sustentáveis”.
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Fonte: Marcelo Torres/Enviado especial do Consea