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Saúde para o corpo e para o bolso
Ter alimentação saudável é considerado, muitas vezes, como algo caro, fora do alcance de pessoas como menor renda. Mas, contrariando o que muitos pensam, optar pelo consumo de alimentos in natura, além de mais saudável, pode trazer benefícios para o controle financeiro familiar. Com dinheiro curto, é hora de repensar preconceitos e buscar alternativas para comer bem.
Embora legumes e frutas possam ter preço superior a outros alimentos, nem todas as variedades são mais caras, especialmente quando adquiridas na época de safra do alimento ou em locais com menos intermediários para comercialização como sacolões, varejões, feiras e pequenos agricultores urbanos (hortas comunitárias, por exemplo). Vale a pena também procurar feiras orgânicas localizadas próximo à sua residência (HTTP://feirasorganicas.idec.org.br/).
Uma embalagem de nuggets pode custar o dobro de um pacote contendo 1kg de filé de frango. As carnes temperadas (e com conservantes, aromatizantes e corantes) têm custo ainda mais alto. Mesmo o clássico miojo, é bem mais caro do que o preço do pacote macarrão normal. Na próxima ida ao supermercado, compare o valor da lata de ervilhas ao do produto congelado. Ou do champignon fresco ao vendido em conserva.
Nesse movimento de trocas e experimentações, em vez de dar preferência aos alimentos ultraprocessados (macarrão instantâneo, salgadinhos, carnes industrializadas e todo o tipo de pratos congelados, como pizza e lasanha), o brasileiro pode valorizar a chamada “comida de verdade”, ou seja, alimentos in natura (carnes, legumes, verduras e frutas) ou minimamente processados (grãos, farinhas e queijos).
Repletos de gordura, açúcar e sal, os alimentos industrializados têm uma densidade energética alta, mas uma densidade nutricional baixa. São transformados em energia rapidamente, dando a impressão imediata de saciedade – aquela que se tem ao comer biscoitos recheados. Além disso, os alimentos ultraprocessados são riscos certos para a obesidade e doenças como o diabetes.
Mas os ultraprocessados são de fato mais práticos de consumir? Faça você mesmo o texto do cronômetro. Quanto tempo menos dura preparar o miojo do que cozinhar macarrão de verdade? E fazer o molho de tomate caseiro, em vez de comprar o produto enlatado? Dura mesmo uma eternidade, você próprio preparar seu tempero no lugar usar aquele saquinho de tempero pronto?
Uma forma de aumentar a presença dos alimentos in natura no dia a dia, mesmo comendo fora, é optar por levar a comida de casa para o trabalho ou comer em restaurantes a quilo. Por isso, antes de abrir aquele aparentemente inofensivo e prático pacote de salgadinhos, pense se não seria melhor para a saúde do seu corpo (e do seu bolso) optar por uma fruta da época, por exemplo.
Se ainda assim não estiver convencido, lembre-se daquele bordão do personagem de um antigo programa de humor na tevê: “Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa”.
Saiba mais:
Guia alimentar para a população brasileira
Fonte: Ascom/Consea