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Projeto do sistema agrofloresta no DF destaca produção saudável
Um projeto do sistema agrofloresta, de iniciativa da Fundação do Banco do Brasil e executado pelo Instituto Transformar da Rede Bartô, chegou para 14 chácaras do assentamento 15 de Agosto, nos arredores de Brasília. Cada família implantou o modelo em uma área de 20m x 20m. Além desse sistema, 17 das 32 famílias do assentamento produzem com a cultura orgânica. As famílias plantam utilizando o sistema agrofloresta, cujo objetivo é produzir com sustentabilidade e reconstrução do meio ambiente.
Para quem chega no assentamento, não é difícil perceber que proteger a natureza é lei, pois a terra, a água, as plantas e o ar são os protagonistas que chamam todas as atenções no lugar. Tudo é muito verde, na terra tem de tudo um pouco, mandioca, chuchu, berinjela, cheiro verde, pimentão, alface, batata doce, cenoura, maça, banana, maracujá, mamão, e todo alimento nutritivo que está no cardápio do cotidiano.
"Uma das melhores maneiras de defender o meio ambiente é fazendo agrofloresta, porque além do agricultor ter a produção que irá ajudar na segurança alimentar da família, ele ainda terá o melhoramento do solo. Se a cada ano as famílias continuarem aumentando um pedacinho da sua área com o sistema agrofloresta, com certeza eles vão ter solos muito férteis daqui a três anos”, diz Rafael Pizon Rueda, coordenador do projeto.
Na chácara de dona Elizete Guedes e do senhor João Baltazar já existe uma diversidade de cultura e com o sistema de agrofloresta essa policultura vai aumentar. A família escolheu a acerola, banana, graviola, mamão, café, entre outras plantações que não irão demorar a dar frutos e gerar renda. “A própria colheita já é um benefício e por meio desse sistema teremos a proteção do solo. É uma técnica de reflorestamento e vejo que de outra forma não há sustentabilidade. Eu também ainda vendo de porta em porta e aproveito para falar com as pessoas sobre a importância de produzir com sustentabilidade e protegendo o solo”, comenta a agricultora familiar.
Plantar com o sistema agrofloresta é um diferencial, segundo a engenheira agrônoma, Fernanda Maciel, que é a coordenadora de campo do projeto. “Nós conseguimos recuperar as áreas degradadas. Ao plantar utilizamos princípios básicos que é a estratificação do solo, o extrato das árvores, a sucessão das plantas e plantar sem esquecer de respeitar o bioma da região, tudo para harmonia e comunhão da natureza”, explica.
“Aqui possuímos três áreas de nascentes e dois córregos", diz Michele Islane, presidente da Associação de Agricultores Familiares da Eco Comunidade, ligada à Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf). "Nosso foco principal é proteger e reconstruir não só o solo, mas produzir água. Fazemos esse trabalho de conscientização dentro da comunidade de que se não tivermos água, não conseguiremos produzir nada. Então, a ideia é implantar os projetos de sustentabilidade, para que as pessoas vejam que dá resultado sim e que podemos produzir protegendo o solo, recuperar o meio ambiente e produzir a água”, conclui ela.
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Fonte: Ascom/Contraf/Brasil