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Mostra Experiências em bancos de alimentos ajuda combate a desperdício de comida
Para combater desperdícios é preciso compartilhar experiências reais do trabalho de bancos de alimentos. Programação inclui minicursos e apresentação oral de 12 experiências relacionadas ao tema em todo o país. Imagem: ABr
Combater o desperdício de comida no Brasil é um dos objetivos da I Mostra de Experiências de Bancos de Alimentos, que será realizada nestas terça e quarta-feiras (23 e 24), em Brasília, no Hotel San Marco, Setor Hoteleiro Sul. O banco de alimentos é uma iniciativa de abastecimento e segurança alimentar utilizada em todo o mundo. Funciona por meio do recolhimento de produtos que não foram comercializados pelos atacadistas e produtores rurais, mas que ainda estão bons para serem redistribuídos e consumidos por populações em situação de insegurança alimentar.
O objetivo é mostrar e valorizar experiências brasileiras cotidianas de sucesso e estimular o protagonismo local dos gestores e beneficiários dos bancos de alimentos, além de contribuir para a constante melhoria nas ações desenvolvidas pelos diversos atores envolvidos.
O evento será realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), Embrapa, Mesa Brasil Sesc, ONG Banco de Alimentos, Rede de Bancos de Alimentos do Rio Grande do Sul e Associação Prato Cheio. Podem participar gestores federais, municipais e estaduais e organizações da sociedade civil, entre outros.
Compartilhar contra o desperdício
O Brasil desperdiça 41 mil toneladas de alimentos por ano, segundo dados do departamento de Mudanças Climáticas do World Resources Institute (WRI) Brasil, uma instituição de pesquisa internacional. Os dados, divulgados em junho deste ano, colocam o país entre os dez que mais perdem e desperdiçam alimentos no mundo.
Para combater essa situação é preciso compartilhar as experiências e vivências reais do trabalho nos bancos de alimentos. O modelo escolhido para a programação inclui mesas-redondas, minicursos, mostra permanente, e, ao longo do evento, espaços para apresentação e discussão de experiências e atividades culturais. Durante o evento, serão apresentadas 12 experiências em formato oral relacionadas ao tema de todas as regiões do país, além da apresentação em pôster de 50 trabalhos.
Temas e minicursos
Os temas das apresentações das experiências serão mais amplos e vão desde a promoção de práticas alimentares saudáveis pelos bancos de alimentos até o planejamento, gestão e monitoramento e interface com outras políticas públicas.
Nas mesas redondas, serão discutidos o papel dos bancos de alimentos no combate à insegurança alimentar e nutricional e o impacto do desperdício dos alimentos nos sistemas alimentares. Também será apresentada a experiência em rede dos bancos de alimentos do México.
Já os minicursos abordarão, entre outros temas, as mídias sociais, mecanismos de controle e aprimoramento e capacidade para advocacy.
Formalização
De acordo com a coordenadora-geral de Equipamentos Públicos do MDSA, Kathleen Machado, às 17h haverá a solenidade de instituição da Rede Brasileira de Banco de Alimentosocorrer. “Os bancos de alimentos existem no Brasil desde 1994. A partir de 2003, começaram ser implementados os bancos públicos de alimentos, que passaram a fazer parte dos programas sociais de várias Centrais de Abastecimento (Ceasas) brasileiras, em parceria com o ministério, Sesc Mesa Brasil e outras entidades, com o objetivo de contribuir para o estímulo à doação e combate ao desperdício”, explica ela.
O banco de alimentos funciona como uma central de recepção, tratamento e distribuição de produtos alimentícios, provenientes de doações de empresas de diversas áreas, entidades assistenciais e agentes do governo. Pela própria natureza de suas funções, tem nas Ceasas parceria fundamental ao alcance de seus objetivos, que é proporcionar aos beneficiados (pessoas em situação de insegurança alimentar) complementação alimentar, com produtos selecionados, fontes de nutrientes importantes à manutenção e recuperação da saúde.
Creches, instituições de assistência, asilos, associações beneficentes, dentre outros, também fazem parte da clientela que deve ser cadastrada no banco para acompanhamento e recebimento das doações.
Veja aqui a programação do evento.
Fonte: Ascom/Consea