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Marcha Mundial do Clima entrega manifesto à presidência da Câmara e Embaixada dos EUA
Objetivo da marcha é chamar a atenção de todos à grave ameaça que representam as mudanças climáticas e pressionar chefes de Estado de todo o mundo a assumirem compromissos concretos que garantam equilíbrio climático. Imagem: MMC
Foi realizada nesta quarta-feira (9), na Esplanada dos Ministérios, a 6ª edição da Marcha Mundial do Clima de Brasília. O evento acontece simultaneamente, todos os anos, em mais de 100 países, durante a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU, que este ano acontece no Marrocos, de 7 a 18 de novembro. Participam da marcha representantes de diversas organizações da sociedade civil (ONGs, universidades, igrejas, sindicatos, movimentos sociais).
Juntamente com representantes de organizações da sociedade civil, a coordenação da Marcha de Brasília entregou à presidência da Câmara dos Deputados e à Embaixada dos Estados Unidos um manifesto de alerta sobre o problema do aquecimento global. Entre as medidas propostas no documento estão o aumento da meta brasileira de redução dos gases de efeito estufa, a substituição do modo de produção de energia e o fortalecimento da agroecologia.
Degradação do Meio Ambiente
O objetivo da marcha é justamente chamar a atenção de todos à grave ameaça que representam as mudanças climáticas e pressionar os chefes de Estado de todo o mundo presentes à conferência a assumirem compromissos efetivos e concretos que garantam o equilíbrio climático cortando as emissões de gases de efeito estufa (GEEs) imediatamente. E que protejam as populações das mudanças climáticas que já serão inevitáveis.
“A crescente série de chuvas violentas, de granizo, inundações, incêndios florestais e secas, ondas de calor escaldantes, furacões, ciclones, frio congelante, provocados sobretudo pela poluição de GEEs e desmatamento, entre outros - que vêm ocorrendo em todo o Brasil e mundo, são claras evidências que a mudança climática é uma trágica realidade que se agrava a cada ano”, afirmam os organizadores.
Some-se a estas tragédias, o forte impacto na produção de alimentos, a degradação do meio ambiente e dos recursos naturais, escassez de água, aumento dos níveis de pobreza, graves riscos para a saúde pública e ondas maciças de migração ligadas ao clima, entre vários outros impactos noticiados diuturnamente e alarmantemente divulgados no último relatório da ONU – IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU ) há alguns meses, acrescentam.
Segundo as entidades organizadoras, hoje morrem no planeta em torno de dez milhões de pessoas ao ano (inicialmente os mais pobres), em função das consequências diretas e indiretas das mudanças climáticas, que na verdade já configuram uma emergência climática.
No ano passado, milhares de cidadãos foram às em mais de 100 países, na véspera da Cop 21 de Clima (em Paris), o que contribuiu para que os chefes de estado dos 196 países presentes chegassem ao Acordo Mundial de Clima. No entanto, alertam as entidades, esse acordo ainda não é suficiente para evitar que se chegue a não mais de 1,5 Cº de aumento na temperatura média do planeta, como recomendam os cientistas – única forma de deter a ameaça ao futuro comum da humanidade.
Fonte: Ascom/Consea com informações da Marcha Mundial do Clima