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Conselheira fala sobre a Semana Mundial do Aleitamento Materno
Uma mãe amamentando.
De 1º a 7 de agosto os países celebram a Semana Mundial do Aleitamento Materno, data que ocorre desde 1992. Este ano o lema é “Aleitamento Materno: Presente Saudável, Futuro Sustentável”. O objetivo principal é dar visibilidade à amamentação em todo o mundo, chamando a atenção dos países e dos meios de comunicação.
De acordo com a conselheira Ana Júlia Colameo, do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), o tema escolhido para 2016 faz uma correlação entre o aleitamento materno e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), adotados em 2015 pela Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
“Os ODS deverão orientar as políticas internas de cada país e as atividades de cooperação internacional nos próximos quinze anos, sucedendo e atualizando os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”, escreveu Ana Júlia em artigo para o Consea.
Médica pediatra, mãe, avó e integrante do IBFAN, sigla em inglês da Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar, Ana Júlia Colameo enfatiza que “a amamentação se relaciona positivamente com todos os ODS, podendo ser considerada um dos pilares para se atingir o desenvolvimento sustentável”.
Segundo a conselheira, o aleitamento materno exclusivo por seis meses e sua continuidade por dois anos ou mais fornecem nutrientes de alta qualidade. “Ao se adequar nutricionalmente com a idade da criança, o leite materno ajuda a prevenir a fome, a desnutrição e a obesidade”, afirma. “A amamentação é chave da segurança alimentar para a criança pequena”.
Ana Júlia revela que, segundo estatísticas, os bebês não amamentados adoecem 68 vezes mais que os amamentados. “O aleitamento materno protege significativamente a saúde e a sobrevivência de bebês e de crianças pequenas”. Segundo ela, na vida adulta os que foram amamentados têm menos chance de desenvolver obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.
A conselheira lembra que “a amamentação é consagrada em numerosos acordos internacionais e convenções de direitos humanos”. No Brasil, é um dos direitos expressos na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente. “As leis e as políticas públicas que protegem e apoiam as mães que amamentam e os bebês amamentados são essenciais para garantir o respeito aos seus direitos”, destaca.
“Em resumo, o aleitamento materno é um recurso natural individual com poder de, coletivamente, preservar e melhorar a saúde, combater a pobreza e as desigualdades, melhorar a produtividade e a humanização do trabalho, empoderar as mulheres e proteger a vida na terra e nos mares, contribuindo com a biodiversidade do planeta. Portanto, para atingir os 17 ODS e suas 169 metas em quinze anos, torna-se fundamental proteger, apoiar e promover a amamentação”, conclui a conselheira.