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8 de março - Dia Internacional da Mulher
Nesta terça-feira, 8 de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher. Foi no dia 8 de março de 1857 que cerca de 130 operárias de uma fábrica em Nova Iorque morreram carbonizadas, após terem sido trancadas no estabelecimento, em meio a uma manifestação que reivindicava melhorias nas condições de trabalho, como a diminuição da carga horária (que era de 16 horas e elas reivindicavam 10 horas), a equiparação de salários com os homens (quando executando o mesmo trabalho) e outros itens.
O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), que é presidido por uma mulher (Maria Emília Pacheco), em todas as suas instâncias e conferências tem discutido e deliberado sobre a questão de gênero nos debates sobre segurança alimentar e nutricional. Em julho de 2015, por exemplo, o Consea realizou em Porto Alegre o Encontro Temático “A atuação das mulheres na construção da soberania e da segurança alimentar e nutricional”, como um dos eventos preparatórios para a 5ª Conferência Nacional.
Diversas deliberações da 5ª Conferência Nacional estão relacionadas à questão de gênero. O Relatório Final do encontro reconhece que “as mulheres das cidades, do campo, das águas, da floresta têm atuação estratégica para garantir a segurança alimentar e nutricional, pois são produtoras de alimentos. No entanto, as desigualdades de gênero persistem: ainda hoje a imensa maioria das mulheres vivencia triplas jornadas de trabalho e mulheres negras sofrem dupla discriminação, de gênero e de raça”.
De acordo com os participantes da conferência, “enfrentar essas e outras injustiças requer o combate ao racismo e ao sexismo, assim como efetivar políticas específicas de educação e formação que desnaturalizem a divisão sexual do trabalho e a violência de gênero, de modo a viabilizar a construção de novos paradigmas de responsabilidades compartilhadas entre homens e mulheres nos âmbitos público e privado”.
“Faz-se igualmente necessário avançar nas estratégias de atenção à saúde da mulher, apoiando e incentivando o aleitamento materno, orientando a introdução de alimentos para as crianças após os seis meses de idade, garantindo a saúde reprodutiva da mulher, a prevenção do excesso de peso, obesidade e doenças crônicas não transmissíveis”, diz o Relatório.
Fonte: Ascom/Consea