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Presidenta do Consea reafirma necessidade de preservação da Amazônia para garantia da segurança alimentar
A região amazônia ocupa 59% do território nacional. São 5 milhões de quilômetros quadrados com um terço das árvores de todo o muno. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A necessidade de preservação da biodiversidade da Amazônia tem sido tema de debate nas Conferências Estaduais de Segurança Alimentar e Nutricional realizadas na região. No território nacional, a Floresta Amazônica abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e ainda uma pequena área do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso.
Durante a abertura da 4a Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Roraima, realizada em Boa Vista (RR) na última quarta-feira (12), a presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Maria Emília Pacheco, defendeu que a preservação da Amazônia é primordial para a garantia do direito à alimentação adequada e saudável dos povos e comunidades da região. “Vivemos um modelo agrícola que se expandiu pelas regiões independentemente de suas características”, disse ela quanto a preocupação com os impactos causados pela expansão do agronegócio na Amazônia.
Para Maria Emília, a segurança alimentar e nutricional deve ser tratada como uma questão social, política e cultural. “As políticas precisam valorizar e reconhecer as diferenças dos povos e comunidades tradicionais, valorizando o conhecimento desses povos”, afirmou. Maria Emília também ressaltou que é preciso resistir à padronização da alimentação já que a Amazônia é rica em fontes de alimentos.
A presidenta do Consea reafirmou a posição do conselho contra o Projeto de Emenda Constitucional n°215, que transfere para o Congresso Nacional a competência da demarcação de terras indígenas. “Não há segurança alimentar sem direito à terra”, disse ao defender que a função social da terra também precisa ser preservada.
Ao final da palestra de abertura da Conferência, Maria Emília destacou que é preciso mudar o olhar sobre a Amazônia e desenvolver experiências que respeitem o conhecimento dos povos e comunidades tradicionais da região.
Fonte: Ascom/Consea