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Em SC, conselheira defende hábitos alimentares saudáveis
Em palestra na 5ª Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Santa Catarina, encerrada no último sábado, a conselheira Silvia Rigon abordou o lema das conferências – “Comida de verdade no campo e na cidade, por direitos e soberania alimentar” – e defendeu hábitos alimentares saudáveis.
“O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo e muito desse aumento se deve à ampliação da área de plantio de transgênicos, que, ao contrário do que era prometido pelas corporações que fazem a sua venda, consomem gradativamente cada vez mais agrotóxicos”, disse ela.
Sílvia Rigon é nutricionista e especialista em Saúde Pública pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde é professora adjunta do Departamento de Nutrição, e doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP).
Segundo ela, “uma posição firme do governo seria fundamental para reverter esse processo [transgênicos e agrotóxicos], pois a população tem ciência dos riscos e não quer consumir nem transgênicos e nem alimentos com agrotóxicos”.
“Para conseguirmos produzir e consumir a comida de verdade, precisamos estruturar um sistema agroalimentar comprometido com o direito humano à alimentação adequada e saudável e não com a mercadorização do alimento”, disse ela.
A 5ª Conferência Estadual de Santa Catarina foi realizada em parceria pela Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Habitação, o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Santa Catarina (Consea-SC) e a Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar de Santa Catarina (Caisan-SC).
Durante o encontro foram eleitos 39 delegados que participarão da Conferência Nacional, que ocorre de 3 a 6 de novembro em Brasília. Em 2015, Santa Catarina aprovou o Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional. O plano é resultado das deliberações da 4ª Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional e das discussões do Consea-SC. O plano 2014-2019 será executado de acordo com o que está previsto no Plano Plurianual e norteará as políticas públicas para erradicação da pobreza extrema no estado.
Fonte: Ascom/Consea