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Conselheiro participa da conferência do Rio Grande do Sul
O conselheiro Írio Conti participou na última semana da 6ª Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do Rio Grande do Sul, onde fez palestra sobre o lema das conferências deste ano – “Comida de verdade no campo e na cidade, por direitos e soberania alimentar e nutricional”.
Na sua exposição, representando o Conselho Nacional, Írio Conti disse que "a comida de verdade nos remete à discussão sobre o que comemos, como comemos e o valor simbólico dos alimentos".
"Ao falar de alimentação e trabalhar com políticas públicas de segurança alimentar e nutricional, precisamos sempre ter presente a interdependência entre segurança alimentar e nutricional, soberania alimentar e direito humano à alimentação adequada e saudável como três conceitos inseparáveis", disse ele.
"A comida de verdade nos remete a três problemas agudos que precisamos enfrentar: o acesso à terra e ao território, especialmente para os povos e comunidades tradicionais; o uso abusivo de agrotóxicos na produção alimentar em nosso estado e o crescimento contínuo das taxas de sobrepeso e obesidade", afirmou ele, informando que o Rio Grande do Sul é o “campeão” em uso de agrotóxico e de sobrepeso e obesidade no país.
A mesa de abertura do encontro, que foi realizado na Paróquia da Pompeia, em Porto Alegre, teve a participação do presidente do Consea-RS, Edni Schroeder; Mick Breier, sSecretário de Desenvolvimento Social e presidente da Câmara Intersecretarias (Caisan-RS); deputado Adão Villa Verde, presidente da Assembleia Legislativa; conselheiro nacional Irio Conti; Joice Lopes, representando os Conselhos Municipais; e Marcos Regelin, delegado regional do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Na sua fala na mesa de abertura, o conselheiro Irio Conti acentuou: "Precisamos avançar na constituição de pontes que aproximem campo e cidade, produção e consumo, a fim de contribuir na construção de mecanismos, políticas e programas que estimulem a produção e consumo de alimentos locais, regionais e agroecológicos a partir das feiras".
Ele também criticou o modelo agroalimentar padronizador. “Em todo o país estamos discutindo comida de verdade e um dos temas fundamentais que precisamos enfrentar é o modelo agroalimentar, que tende a padronizar a produção e o consumo nas mãos de grandes indústrias de alimentos e grandes mercados, em detrimento da agricultura familiar e camponesa com suas formas diversificadas de produção e abastecimento alimentar".
Fonte: Ascom/Consea