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Consea realiza debate sobre enfrentamento da pobreza
O enfrentamento da pobreza com a garantia de uma alimentação saudável foi tema de debate realizado pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) na quarta-feira (6).
Na ocasião, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, chamou atenção para o relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), de 2014, que apontou a saída do Brasil do Mapa da Fome.
“A articulação intersetorial das políticas públicas tem gerado uma mudança significativa na vida das famílias.” Ele defendeu ainda a valorização dos alimentos regionais no combate à obesidade, como sugere o Guia Alimentar para a População Brasileira. “Temos que singularizar os hábitos alimentares. O guia é um resgate da cultura alimentar do nosso povo. Não podemos sair direto da desnutrição para a obesidade”, afirmou.
De acordo com o ministro, é essencial incentivar o consumo de alimentos in natura, ou minimamente processados. “Quero ainda deixar de ser o ministro das doenças e passar a ser o ministro que promove, de fato, a saúde da população”, brincou.
Na reunião, o Consea propôs, entre várias ações, a expansão de atenção nutricional na atenção básica, na Estratégia Saúde da Família e para beneficiários do programa Bolsa Família, além do monitoramento de resultados de adoção do Guia Alimentar para a População Brasileira.
O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fnde), Antonio Idilvan Alencar, lembrou os 60 anos de criação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) - comemorado em 2015. O programa atende mais de 42 milhões de estudantes no país. Para Alencar, a agricultura familiar tem papel fundamental na melhoria da alimentação das crianças e há espaço para aumentar a oferta de produtos que fazem parte da cultura regional.
“Em 2014, 65% dos produtos adquiridos vieram da agricultura familiar. Ainda há muito espaço para crescer neste processo. Agricultura familiar não é só alimento. É identificação e cultura regional. Além disso, ela movimento e aciona as famílias agricultoras que mais precisam dessa inserção produtiva”, avaliou.
Fonte: Ascom/MDS