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Cinco produções fortalecem a agroecologia no país
Novas produções que registram e fortalecem a agroecologia no país foram lançadas durante o Seminário Nacional da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), que começou quarta e terminou nesta sexta-feira (25 a 27/02). O lançamento deu visibilidade às práticas e causas de organizações e redes que compõem a Articulação. Os livros, cartilha, filme e calendário dialogam e incidem diretamente na construção do conhecimento agroecológico.
A primeira publicação lançada foi o “Anais do III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA)”. Irene Cardoso, presidenta da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), ressaltou que o livro “representa um importante esforço, porque permite informar como foi o evento, com muita riqueza, para aqueles que não participaram do ENA. Eu mesma já usei em minhas aulas com estudantes e em pesquisas. Esse é um material para socializarmos que fica para história”.
A Cartilha “Pronara Já” foi o segundo documento lançado no seminário. O material aborda os eixos que estruturam o Programa Nacional para Redução do Uso de Agrotóxicos (Pronara), e busca ampliar o conhecimento e o debate público sobre o tema. Como estratégia, traz sínteses gráficas para ilustrar, de maneira simplificada e dinâmica, as propostas do programa.
A cartilha é fruto da atuação conjunta da ANA, ABA, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), do Fórum Brasileiro de Segurança e Soberania Alimentar e Nutricional (FBSSAN), da Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA), da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) e da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.
Outro lançamento foi o do Caderno Pedagógico - Agroecologia, Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas”, coordenado pela Fase, em parceria com a ANA. A publicação reúne experiências de um processo de articulação de organizações, redes e movimentos sociais na promoção da agroecologia em territórios do bioma Mata Atlântica.
Nascido dos resultados de um projeto apresentado, por meio de Chamada Pública, ao Ministério do Meio Ambiente, o Caderno traz informações sobre como se amplia a agroecologia nos territórios Serra Catarinense e Mata Sul de Pernambuco. Maria Emília Pacheco, da Fase e presidenta do Consea, explicou que “a publicação expressa a decisão política da ANA pela abordagem territorial, que vem sendo construída através das diversas experiências agroecológicas e suas várias dimensões, numa disputa clara com o agronegócio”.
A ANA lançou mais um documentário da série “Curta Agrecologia”, que já reúne 11 filmes. A nova produção “Sempre Viva” apresenta a experiência de cultivo de uma planta de mesmo nome, no território Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. A produção foi realizada em parceria com o Canal Saúde, da Fiocruz, e outros parceiros locais.
Outros quatro vídeos estão sendo produzidos e devem ser lançados nos próximos três meses. As produções trazem experiências como: o cultivo do arroz agroecológico no Rio Grande do Sul; a formação de sistemas agroflorestais em Rondônia; da Rede Xique-Xique no Rio Grande do Norte; e de um assentamento do MST no Paraná.
Por fim, houve a divulgação do calendário do Centro Sabiá, cujo tema mobilizador foi a importância das sementes crioulas (nativas). O material é fruto do trabalho coletivo de uma equipe multidisciplinar e integrada à organização que, neste ano, comemora 22 anos. O Centro Sabiá apresentou, ainda, uma agenda feita em parceria com as organizações Caatinga e Diaconia.
Fonte: ANA/FBSSAN