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Superação da fome: A história de Cláudia
Aos 16 anos, a maranhense Cláudia Fernanda Viegas deixou para trás a terra natal em busca de uma vida melhor. Queria esquecer a fome e a pobreza vividas pela família em São Luís (MA). "Depois que meu pai morreu, ficou ainda mais difícil para minha mãe dar para os sete filhos aquilo que a gente necessitava”, relata.
Cláudia relembra como eram as refeições com os irmãos. "Sempre faltava carne. Quando não tinha o arroz, comíamos o feijão misturado com a farinha. Se faltava o feijão, comíamos o arroz puro. Quase passamos fome.”
Com a mudança para Goiânia (GO), teve a chance de estudar e trabalhar. Hoje, aos 28 anos, ela cria os três filhos em condições melhores do que aquelas vividas na infância. “Hoje dou para os meus filhos aquilo que eu não tinha: uma alimentação melhor, estudo e até roupa nova", conta ela, destacando que parte da renda da família - R$ 144 - vem do Bolsa Família. Na lista de compras da casa, não faltam verduras e frutas. “Eles gostam muito de laranja e banana."
Um dos filhos de Cláudia, Mateus, de apenas 5 anos, estuda em período integral na escola da Associação dos Pais do Excepcional Gota de Orgulho (Apego). Lá, faz quatro refeições todos os dias. “A alimentação na escola é bem reforçada”, diz Cláudia.
A escola de educação inclusiva atende 108 alunos – 64 crianças entre 4 e 6 anos e 44 pessoas com deficiência. Semanalmente, a associação recebe 100 quilos de alimentos da agricultura familiar (frutas, legumes, verduras e polpas de suco), por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Os produtos garantem a alimentação diversificada e de qualidade dos alunos. "Estamos suprindo a necessidade básica diária proteica das crianças e dos adultos excepcionais que estão comendo bem e corretamente", garante Eleuza Batista de Melo, fundadora da associação.
Fonte: Ascom/MDS