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Quanto maior a escolaridade, menor a insegurança alimentar
Para o Brasil, urbano ou rural, quanto maior o nível de escolaridade dos moradores, menor é a prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave. No ano passado, 13,7% dos moradores com um a três anos de estudo estavam em situação de insegurança alimentar moderada ou grave. Para aqueles com 15 anos ou mais de estudo, o percentual era de 1,2%.
Estes são alguns dos itens da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) aplicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), e divulgada nesta quinta-feira.
As grandes regiões apresentaram o mesmo comportamento, contudo Nordeste e Norte apresentaram percentuais de moradores em insegurança alimentar moderada e grave mais elevados que as demais regiões, em qualquer nível de escolaridade. Entre 2009 e 2013, houve redução da insegurança alimentar moderada ou grave em todos os níveis de escolaridade, especialmente entre aqueles com um a três anos de estudo (19,5%, em 2009).
Dos 55,5 milhões de moradores de 18 anos ou menos de idade, no total de domicílios particulares, 79,8% frequentavam escola ou creche, e entre os 6,2 milhões que viviam em domicílios com insegurança alimentar moderada ou grave, esse percentual era de 75,7%. Em relação a 2009, embora o percentual de moradores de menos de 18 anos que frequentavam escola ou creche tenha aumentado (78,3%, em 2009) este fato não foi tão significativo para os que viviam em domicílios em situação de insegurança alimentar moderada ou grave (75,3%, em 2009).
A cor ou raça dos moradores teve impactos diferenciados na prevalência de insegurança alimentar. Do total de 93,2 milhões de moradores brancos, 17,2% conviviam ao menos com a preocupação de que os alimentos pudessem faltar devido à falta de dinheiro para comprar mais. Para os 106,6 milhões de moradores pretos ou pardos, este percentual subia para 33,4%.
Não foi verificada diferença na proporção de homens e mulheres sujeitos à restrição alimentar. Em 2013, estes percentuais foram estimados em 25,8% dos moradores homens e moradoras mulheres de domicílios particulares. Em termos absolutos, correspondia a 25,3 milhões de homens e 26,8 milhões de mulheres.
Fonte: IBGE