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FAO e MEC dialogam para ampliar apoio ao Programa de Alimentação Escolar
Durante reunião realizada entre o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), José Graziano da Silva e o ministro da Educação, Henrique Paim, os dois representantes se prontificaram a ampliar o diálogo com o objetivo de apoiar as iniciativas do programa de Alimentação Escolar nos próximos anos tanto na América Latina e Caribe, como na África.
“Para a FAO, o apoio do governo brasileiro ao programa da Alimentação Escolar é muito importante para a continuidade dos resultados já obtidos com a implementação dessa iniciativa na região. Garantir que crianças e adolescentes em idade escolar tenham acesso a alimentos é promover a segurança alimentar e combater a fome e a miséria”, ressaltou o diretor-geral, José Graziano.
Atualmente 13 países da América Latina e no Caribe recebem assessoramento técnico e participam de trocas de experiências relacionadas ao programa. Mais de 13 mil estudantes passaram por um levantamento a respeito do estado nutricional e 5.200 técnicos receberam capacitações por meio de cursos presenciais e assessorias, além da reforma de escolas em oito países da América Latina por meio das atividades do “Escuelas Sostenibles” – Escolas Sustentáveis.
Outro aspecto de destaque do programa é compra direta de alimentos produzidos pela agricultura familiar. Essa realidade já pode ser constatada em sete países, comum total de 16 municípios, em 120 centros escolares. Calcula-se que cerca de 16mil estudantes se alimentem dos produtos ricos e saudáveis advindos direto dos pequenos agricultores.
O programa também tem fortalecido a criação de leis e normas que garantam a alimentação escolar de crianças da região. Um exemplo foi a promulgação da Lei de Alimentação Escolar no Paraguai e da Lei de Contratações Públicas que estabeleceu a modalidade de um processo simplificado para a aquisição de produtos da agricultura familiar destinados a escolas e hospitais.
O programa de Alimentação Escolar é uma cooperação técnica desenvolvida pela FAO, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e a Agência Brasileira de Cooperação. O programa tem como base a política desenvolvida no Brasil há mais de cinco décadas. A experiência que chega aos demais países leva em consideração os princípios da cooperação Sul-Sul. A expectativa é que no próximo ano, mais três países passem a integrar a iniciativa. Além das ações realizadas na América Latina, a parceria FAO-FNDE também está presente no continente africano. A experiência tem contribuído de maneira significante para o desenvolvimento das nações da África e os resultados são também bem promissores.
Fonte: FAO