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Estudo confirma eficácia do uso do sachê de micronutrientes na alimentação infantil
O Ministério da Saúde (MS) divulgou, no último dia 14, os resultados do Estudo Nacional de Fortificação da Alimentação Complementar (Enfac). O estudo teve como objetivo avaliar a efetividade, aceitabilidade e adesão da fortificação caseira com vitaminas e minerais na prevenção de anemia e deficiência de ferro em crianças menores de um ano de idade. Os resultados do estudo subsidiam a incorporação da fortificação da alimentação infantil com micronutrientes em pó como estratégia programática de prevenção da anemia na saúde pública brasileira.
O evento, realizado na Fiocruz Brasília, reuniu representantes do MS e instituições parceiras como Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e universidades.
O Enfac avaliou a efetividade do sachê de micronutrientes, sua adesão por mães e a aceitação por parte das crianças de 6 a 8 meses de idade atendidas em unidades básicas de saúde, público-alvo da pesquisa.
Participaram do estudo crianças de 6 a 15 meses de idade, residentes em quatro cidades brasileiras (Rio Branco, Olinda, Goiânia e Porto Alegre), atendidas em Unidades Básicas de Saúde (UBS). A efetividade da estratégia foi avaliada pela comparação do estado nutricional de crianças do chamado grupo intervenção, que receberam sachês de micronutrientes (vitaminas e minerais em pó), e aquelas do grupo controle, atendidas na rotina vigente na rede pública de saúde, ou seja, sem o uso do sachê.
Além das orientações sobre como utilizar os micronutrientes em pó, mães, pais e responsáveis pelas crianças do grupo intervenção receberam informações sobre práticas alimentares saudáveis, baseadas no Guia Alimentar Para Crianças Menores de Dois Anos, elaborado pelo MS.
As crianças que participaram da fortificação caseira da alimentação infantil apresentaram perfil de saúde e nutrição melhor quando comparadas às do outro grupo. Meninos e meninas que receberam os sachês tiveram menor prevalência de anemia, assim como de deficiência de Ferro e de vitamina A.
A adesão à fortificação caseira da alimentação infantil pela mãe/responsável foi satisfatória e observou-se boa aceitação do sachê pelas crianças quando adicionado a alimentos semissólidos, como papas de frutas e purês.
Foi realizada também uma avaliação qualitativa sobre as percepções de mães e de profissionais da saúde sobre o uso dos sachês. Os resultados identificaram que a qualidade da informação recebida pelas mães pode atuar como fator facilitador da adesão à fortificação.
Leia mais informações no Boletim Enfac.
Fonte: Ministério da Saúde