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Conselheiras destacam a importância do aleitamento materno
Há mais de 20 anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) faz campanhas para incentivar o aleitamento materno. A OMS orienta que as crianças devem ser amamentadas exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade, sem nenhum outro alimento complementar ou bebida. Depois dessa idade, outros alimentos devem ser introduzidos na alimentação da criança sem deixar de lado o aleitamento materno até completarem dois anos de idade.
A conselheira Aldenora Pereira da Silva, representante da Pastoral da Criança no Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), explica que o leite materno contém todas as substâncias que o bebê precisa para se desenvolver além de anticorpos que o defendem contra doenças. “A falta dos anticorpos prejudica a saúde do bebê. Com o leite de vaca ou em lata há risco de contaminação e de erro no preparo. Quando o bebê é amamentado só no peito, tem mais defesas contra pneumonia, diarreia e dor de ouvido. A mãe precisa de apoio dos familiares, vizinhos e da Unidade de Saúde para amamentar seu bebê até os seis meses exclusivamente e continuar amamentando até os dois anos com alimentação complementar”, ressalta a conselheira.
A pediatra Ana Julia Colameo, conselheira do Consea, explica que antigamente as pessoas pensavam que a amamentação protegia apenas contra a diarréia. “Sabe-se que a proteção contra infecções se inicia no momento do nascimento, pela ingestão do colostro e que esse é o momento mais favorável para iniciar o elo afetivo entre a dupla, propiciando ao bebê uma cascata de cuidados maternos na fase mais vulnerável, a primeira infância”, explica a pediatra. A conselheira também destaca que as mães são beneficiadas pela amamentação: "há uma forte associação da amamentação com a proteção da mãe desenvolver artrite reumatóide e sofrer fratura de quadril por osteoporose, na pós menopausa”.
Segundo a OMS, apenas 38% das crianças no mundo são amamentadas exclusivamente com leite materno nos seis primeiros meses de vida. A meta da OMS é elevar a taxa mundial de aleitamento materno exclusivo, nos primeiros seis meses de vida do bebê, em pelo menos 50% até 2015.
A amamentação é reconhecida pelo Ministério da Saúde (MS) como o primeiro direito da criança após o nascimento. O cuidado com o aleitamento materno reduz a mortalidade infantil e ajuda a criança a crescer forte e saudável. Dados de 2009, divulgados pelo Ministério da Saúde, apontam que 41% das crianças menores de seis meses recebem alimentação exclusiva por aleitamento no Brasil. O levantamento ainda mostrou que durante a primeira hora de vida, 67,7% das crianças mamam.
O relatório anual da Pastoral da Criança mostra que em 2013 todas as regiões brasileiras já atingiram a meta da OMS. Dados do primeiro trimestre de 2014 demonstram que 70,1% das crianças acompanhadas pela Pastoral mamam exclusivamente no peito até os seis meses.
Fonte: Ascom/Consea com informações da Pastoral da Criança