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Conselheira relata experiência em Simpósio Internacional
O Consea teve participação de destaque no 15º Simpósio Internacional IHU Alimento e Nutrição no contexto dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, realizado na semana passada na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo (RS).
A conselheira Sônia Lucena, professora aposentada da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foi uma das convidadas como palestrantes e falou sobre o acesso e consumo alimentar da população em uma perspectiva ética, adequada e saudável.
A apresentação da conselheira fez parte das atividades das mesas simultâneas. Ela iniciou a exposição falando que “um pressuposto básico para a segurança alimentar e nutricional da população brasileira é o acesso de toda a população a alimentos de qualidade e quantidade suficiente incluindo a água”.
Na sua exposição, ela falou do acesso como a capacidade dos indivíduos em adquirir alimentos apropriados a uma alimentação saudável por meio de recursos adequados. “Enfatizei os dois aspectos de ordem econômica e física, relacionados ao acesso, como também o grande desafio que representa a conquista dessa dimensão da segurança alimentar e nutricional, visto que os organismos internacionais e pesquisas realizadas entendem essa dimensão como a principal responsável pela fome no mundo”, disse ela.
“Na compreensão de muitos, a disponibilidade de alimentos de acordo com dados da FAO seria suficiente para atender toda a demanda da população mundial”, ponderou, "o grande problema é garantir a acessibilidade a esses alimentos disponíveis".
Ela também destacou “a compreensão que defende o Consea de que a a alimentação adequada e saudável engloba não apenas comer regularmente, mas também comer alimentos de qualidade e adequados aos hábitos culturais, com base em práticas saudáveis e que preservem a cultura alimentar e o prazer ligado à alimentação”.
A conselheira elencou os aspectos importantes para se garantir a acessibilidade, como a criação de uma Política Nacional de Abastecimento Alimentar que contemple as diferenças existentes no país, com destaque para a agricultura familiar e os pequenos empreendimentos urbanos, lembrando também a importância dos mercados institucionais e os equipamentos públicos.
Outro aspecto abordado na palestra foi a transição alimentar ao longo da história, citando a globalização da economia, a industrialização e a publicidade de alimentos com principais fatores para a mudança de hábitos alimentares da população.
Por fim, a conselheira levantou “os componentes éticos mais importantes a serem considerados, quais sejam: ambiental, social e econômico, dando ênfase na ética nos negócios, na produção de alimentos, respeito trabalhista , ‘fair trade’ e outros”.
Fonte: Ascom/ Consea