Notícias
Conselheira participa de Conferência Internacional em Roma
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) realizam de quarta a sexta-feira (19 a 21/11), em Roma, na Itália, a 2ª Conferência Internacional de Nutrição, cujo tema é "Uma nutrição melhor, uma vida melhor" (Better nutrition, better lives).
A conselheira Elisabetta Recine, do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), participa do encontro, que reúne representantes de governos de mais de 90 países, além de centenas de integrantes da sociedade civil.
Desde a primeira conferência, em 1992, “foram registrados avanços importantes na luta contra a fome e a desnutrição, mas esse progresso tem sido insuficiente e desigual", afirmou o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva.
Em todo o mundo, mais de 840 milhões de pessoas estão cronicamente subnutridas, e a proporção de subnutridos reduziu apenas 17% desde o início da década de 90, segundo informações da FAO. A desnutrição é responsável por cerca de metade de todas as mortes de crianças com menos de cinco anos de idade, ocasionando mais de três milhões de mortes a cada ano.
Enquanto isso, várias formas de desnutrição muitas vezes se sobrepõem e podem coexistir dentro do mesmo país e até mesmo dentro da mesma família. Cerca de 160 milhões de crianças menores de cinco anos são raquíticas ou cronicamente desnutridas, enquanto que mais de dois bilhões de pessoas sofrem uma ou mais deficiências de micronutrientes. Ao mesmo tempo, 500 milhões de pessoas estão obesas.
"Um dos objetivos da [conferência] é fornecer a base científica para que sejam elaboradas políticas de nutrição que promovam, ao mesmo tempo, a segurança alimentar e a saúde", ressaltou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, em uma mensagem de vídeo exibida durante a conferência de imprensa.
Graziano enfatizou os custos sociais e econômicos da desnutrição para a sociedade. "As estimativas indicam que a desnutrição ocasiona uma perda de até 5% da renda global por ano, em termos de perda de produtividade e despesas governamentais com saúde. Chega-se, com isso, a um valor estimado de US$ 3,5 bilhões, uma enorme quantia a ser paga".
Os esforços para se obter progresso em segurança alimentar e nutricional continuam a ser dificultados, em âmbito mundia, por uma série de fatores ligados à má- gestão, como o baixo comprometimento político, a fragilidade das instituições e à falta de coordenação e participação adequada dos atores envolvidos nesse tema, afirmaram os representantes da FAO e da OMS.
Entre outros desafios importantes, há a volatilidade dos preços internacionais dos alimentos, que é agravada pelo aumento da dependência dos mercados mundiais e da importação de alimentos, pela baixa produtividade agrícola acentuada, pela mudança do clima, pelas perdas pós-colheita e pelo desperdício de alimentos.
Chefes de Estado e de governo, outros dignitários e líderes foram convidados para a conferência de alto nível. De acordo com nota divulgada pela FAO, o Papa Francisco foi convidado e confirmou sua participação no encontro.
Fonte: Com informações da FAO