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Campanha alerta para os riscos do sal e açúcar
Ficou salgado demais? Que tal colocar açúcar? Ficou um sabor exageradamente adocicado? Que tal uma pitada de sal? Quantas vezes você já ouviu essas “dicas” na hora de preparar um alimento? Cuidado, elas podem mascarar sérios riscos à saúde.
A preocupação não se resume à cozinha, ela também deve estar presente quando se trata de alimentos industrializados. Isto porque o desconhecimento da composição dos alimentos faz com que alguns pareçam uma opção saudável, quando não são.
Portanto, cuidado com a combinação do sal e do açúcar nos produtos e nas preparações em casa. A “lei” da compensação pode ser fatal à saúde. Estudos constataram que o consumo de sal do brasileiro está em torno de 12 gramas diários, quantidade que ultrapassa o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 2000mg (2g) de sódio por pessoa ao dia, o equivalente a 5g de sal.
Quanto ao consumo de açúcar, as recomendações da OMS foram reduzidas de 10% para 5% do total das calorias diárias. Isso inclui todo o consumo de glicose, sacarose e frutose. Portanto, muita atenção deve ser dada para a ingestão de bebidas, doces e até mesmo sucos de frutas industrializados, devido à quantidade de açúcar presente.
A maioria das pessoas não sabe, por exemplo, que doces podem ter altas taxas de sódio, assim como refrigerantes e salgadinhos têm grande quantidade de açúcar. O suco natural é saudável, mas é preciso observar que no preparo de um copo de suco acabamos utilizando mais do que uma porção de fruta.
Desta forma, a sugestão para não se exagerar na quantidade de açúcar e calorias é a moderação. Por isso, prefira ainda os sucos de frutas que possuem grande quantidade de água - como a melancia e melão - e não acrescente açúcar.
Opte também por frutas de sabor mais acentuado e que possam ser diluídas em água e em refrescos - como os de acerola, abacaxi, limão, caju - e que podem ser apreciados sem adição de qualquer tipo de açúcar.
O ideal é aprender a apreciar o açúcar da própria fruta. A dica para dosar o consumo desses ingredientes prejudiciais à saúde, quando industrializados, é ficar de olho no rótulo dos alimentos. Eles estão dispostos em ordem decrescente de quantidade. Caso o sal ou açúcar estejam entre os três primeiros da lista significa que este alimento é possui alto teor de sódio ou açúcar adicionado, devendo ser consumido raramente.
Desde julho, a Rede Asbran (Associação Brasileira de Nutrição) e filiadas vêm promovendo uma campanha nacional pela redução do consumo de sal e açúcar que conquistou importantes apoios, como o do Ministério da Saúde (Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição - CGAN), Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS); universidades federais; Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas; RedeNutri; Sindicato dos Nutricionistas da Bahia e de Goiás; organizações não-governamentais, como Ideias na Mesa; entre outras entidades ligadas ao segmento da nutrição.
A campanha envolve o lançamento mensal de matérias de orientação ao público e aos profissionais, com artes criadas especialmente para este fim. A ação da Rede Asbran e Filiadas se encerra neste mês de dezembro, mas outras campanhas de orientação serão desenvolvidas, adianta a nova presidenta da Asbran, Luciana Coppini.
O objetivo principal da ação promovida desde julho é despertar o profissional e estudante para a prática da redução do consumo de sal e açúcar no dia a dia, envolvendo pacientes, familiares e amigos, além do público em geral. Para mais informações, acesse o site da Asbran (www.asbran.org.br) ou entre em contato pelo telefone (13) 99615-1544 ou pelo correio eletrônico imprensa@asbran.org.br.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Asbran