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CNODS divulga moção de solidariedade ao Rio Grande do Sul e ao povo gaúcho
Imagem Ilustrativa
A Comissão Nacional dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (CNODS), aprovou, nesta sexta-feira (24), uma moção de solidariedade dirigida ao Estado do Rio Grande do Sul e ao povo gaúcho.
A moção de solidariedade, reforça os ditames da Agenda 2030 e dos seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, conclamando à sociedade brasileira e seus governantes para romper determinados paradigmas de desenvolvimento e de consumo.
Conforme a moção, “é fundamental que os governos subnacionais adotem planos de redução dos riscos de desastres e planos de adaptação e mitigação às mudanças climáticas, criando e reforçando legislações que contribuam para a prevenção de eventos climáticos”.
Acesse aqui o documento divulgado.
Leia abaixo a íntegra:
MOÇÃO DE SOLIDARIEDADE AO RIO GRANDE DO SUL E AO POVO GAÚCHO
Nós, membresia da Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - CNODS, expressamos toda nossa solidariedade às vítimas da catástrofe provocada pelos efeitos climáticos extremos no Rio Grande do Sul. Ao mesmo tempo, conclamamos todas as esferas de governo, federal, estadual e municipal, a iniciativa privada, a sociedade brasileira e as lideranças mundiais sobre a urgência da adoção de um modelo de desenvolvimento sustentável pautado pela dignidade humana e pela defesa da vida no planeta.
Os efeitos das mudanças climáticas já são uma triste realidade e estão impactando o planeta inteiro com tragédias sem precedentes, como a que assola o estado do Rio Grande do Sul neste momento. O povo brasileiro demonstra sua comoção e se mobiliza de modo solidário com as populações atingidas, assistindo atônito aos atuais acontecimentos, às chuvas torrenciais e às enchentes que provocam severos danos e muito sofrimento ao povo gaúcho.
Recorda-se que uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (2015), relacionadas à ação contra a mudança global do clima, é “melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce da mudança do clima” (ODS 13).
Torna-se cada vez mais urgente e necessária a compreensão quanto ao cuidado com nosso ambiente cada vez mais fragilizado e impactado por nosso modelo de desenvolvimento atual e nossos hábitos de consumo. É premente o direcionamento dos investimentos públicos para o desenvolvimento sustentável, para o planejamento urbano integrado e para políticas públicas preventivas. Negligenciar o que estamos vivenciando penaliza a todos e todas, a sociedade e seus governantes. É urgente a adoção de medidas que incluam o controle da ocupação do espaço urbano e o envolvimento das comunidades locais para mitigar os efeitos dos eventos climáticos extremos. É fundamental que os governos subnacionais adotem planos de redução dos riscos de desastres e planos de adaptação e mitigação às mudanças climáticas, criando e reforçando legislações que contribuam para a prevenção de eventos climáticos.
Que a triste realidade que estamos vivendo no Sul sirva de reflexão para assumirmos o protagonismo frente aos desafios das mudanças climáticas e que nos ajude a tomar as decisões necessárias para manter o equilíbrio ambiental e romper determinados paradigmas.
É necessário construir uma nova consciência coletiva na sociedade, na qual cidadãs e cidadãos, comunidades, empresas, academia, sociedade civil e governos e demais instituições atuem em conjunto, para construir um mundo democrático, economicamente inclusivo, socialmente justo e ambientalmente responsável.