Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Michel Temer, após cerimônia de apresentação de cartas presidenciais- Palácio do Planalto (02 min 48s)
Palácio do Planalto, 10 de dezembro de 2018
Presidente: Eu acho que há condições para votar. O presidente Rodrigo Maia participou desde a primeira reunião, e o presidente Eunício participou telefonicamente desde o primeiro instante que eu fiz comunicação, especialmente da reunião do Conselho da República, e do Conselho de Defesa Nacional, quando o presidente Eunício, embora estivesse fora, também deu o voto sim, foi por unanimidade. Eu acredito que entre hoje ou amanhã, talvez amanhã não é? Eu consiga aprovar a intervenção.
E eu registro uma coisa importante, que foi uma intervenção negociada, digamos assim, como eu costumo fazer, fiz assim parcialmente no Rio de Janeiro, e fiz agora em Roraima, quando combinei com a governadora, que nós faríamos essa intervenção para resolver os problemas salariais...
Jornalista: Quando o senhor acredita que a situação deve se normalizar em Roraima?
Presidente: Aí eu não sei dizer, porque o interventor que eu nomeei, vocês percebem que eu nomeei o próprio governador eleito, não é? De alguma maneira é quase uma espécie de transição, e eu espero que em menor tempo possível, nós possamos até mandar recursos para lá, porque a intervenção permite, e que isto se pacifique, especialmente no dia 1º, quando toma posse, já agora como governador, eu acho que em brevíssimo tempo estará resolvido.
Jornalista: Presidente, o interventor falou em restringir a entrada de venezuelanos que era uma coisa que o governo não tinha, não estava tratando, foi uma proposta feita pelo Planalto?
Presidente: Não, na verdade a nossa política é uma política de apoio aos refugiados desde o primeiro momento. Nós mandamos transmitir ao interventor ontem essa notícia, e ele acordou imediatamente. Ele disse: “olha não há problema nenhum”. Realmente, diz ele, há um problema de Roraima, mas de qualquer maneira eu, enquanto interventor, seguirei as diretrizes fixadas pela União Federal.
Jornalista: Então não vai ter restrição?
Jornalista: Não vai ter restrição quanto aos venezuelanos?
Presidente: Não há restrição.
Jornalista: Para terminar, houve ontem uma notícia de que uma carta de ameaça a um promotor lá de São Paulo, por conta da transferência do Marcola e outros presos em São Paulo.
Presidente: Você não está cumprindo o juramento.
Jornalista: Mas é segurança pública. Vai ser mantida a transferência desses presos?
Presidente: A União está disposta a colaborar com isso, sabe que nós colocamos até aviões da FAB, se for necessário, para essa transferência. Está havendo negociação entre a União e os estados.
Jornalista: Mas o senhor acha que uma ameaça desse tipo pode adiar ou não?
Presidente: Essas ameaças, eu nem sei qual é a dimensão delas, eu não saberia responder agora qual é a consequência da ameaça. Mas eu quero, mais uma vez, ressaltar que a União se coloca inteiramente à disposição. Interessadíssimo nisso, o Raul Jungmann está acompanhando isso minuto a minuto, hora a hora.
Jornalista: O senhor é favorável à transferência?
Presidente: Esta é uma questão da segurança pública. Se é para garantir a segurança, não tenha dúvida.
Jornalista: Obrigado, Presidente.
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