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Ibama não autuou máquinas envolvidas na recuperação de estradas no RS
Servidores do Ibama trabalham durante enchentes no Rio Grande do Sul.
Peças de desinformação estão alegando que o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA) estaria impedindo a atividade de maquinário envolvido na recuperação de estradas no estado do Rio Grande do Sul. De acordo com a superintendência do IBAMA no estado, o órgão não está atuando nas estradas, função a qual sequer é da competência do IBAMA. O Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) e a sede da superintendência em Porto Alegre também foram atingidos pelas enchentes.
"Trata-se, pois, de fake news um áudio que vem sendo divulgado nas redes sociais, segundo o qual agentes da autarquia estariam impedindo a passagem de veículos mobilizados para a execução de obras de reconstrução de estradas destruídas pelas enchentes. Não é competência do Ibama impedir a circulação de veículos, ainda mais num momento de tanta gravidade para o estado”, esclareceu em nota a superintendente Diara Maria Sartori.
Apesar disso, o IBAMA/RS criou um Centro de Incidentes com diversas equipes dedicadas a ajuda humanitária com atuação conjunta com a Defesa Civil e o Exército. A autarquia leva alimentos a comunidades indígenas vítimas das enchentes em Porto Alegre. As comunidades que receberam mantimentos fazem parte de quatro coletivos Guaranis Mbyá (integrado por cerca de 220 indígenas), que moram em pequenas terras nos bairros Lomba do Pinheiro, Lami e Belém Novo. Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a comunidade que vive na Ponta do Arado, naquele bairro, é um dos casos emergenciais entre a etnia Guarani no Rio Grande do Sul.
Mais de oito mil famílias indígenas foram atingidas pelo impacto das fortes chuvas no Estado, de acordo com levantamento da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que atende cerca de 109 aldeias no Rio Grande do Sul, além de comunidades que residem em contextos urbanos e periurbanos.
O governo federal está atuando no monitoramento dos impactos em Territórios Indígenas, com deslocamento coordenado pela Funai de 150 barracas doadas pela Defesa Civil do Paraná. Outras medidas incluem apoio aos traslados de famílias desalojadas na Terra Indígena Serrinha e acompanhamento de ações da Defesa Civil nas Terras Indígenas Rio da Várzea, Mato Castelhano, Cacique Doble, Guarita e região de Tapejara. Houve ainda remoção da comunidade Kaingang, no município de Forqueta.
Em função das inundações e alagamentos na maior parte do estado, o Ibama mantém o alerta sobre os animais silvestres que têm aparecido em áreas urbanas. A orientação é de que, caso algum desses animais seja encontrado, para a segurança da pessoa e do animal, não se deve tentar nenhum tipo de aproximação ou contato.
Se ficar evidente que o animal está precisando de ajuda ou que a presença dele no local configura algum risco, tanto para ele quanto para as pessoas no entorno, a recomendação é acionar os órgãos competentes. O telefone de contato do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) Porto Alegre do Ibama/RS é (51) 99810-0325.