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Final da Copa do Brasil teve ação contra racismo no futebol
Comitiva ministerial participa de evento no Morumbi para assinatura de protocolo contra o racismo no esporte. Foto: Reprodução/Ministério do Esporte
O Ministério da Igualdade Racial e do Esporte obtiveram nesse domingo (24/9) um grande avanço no combate ao racismo no futebol, ao assinarem um protocolo de intenções em conjunto com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na partida final da Copa do Brasil entre Flamengo e São Paulo, no estádio do Morumbi, com público de mais de 63 mil pessoas.
Com os infindáveis casos de racismo dentro e fora do país, as duas pastas já dialogavam desde o mês de fevereiro no grupo de trabalho “Esporte Sem Racismo”, que também envolve o Ministério da Justiça e Segurança Pública para estabelecer esforços conjuntos para o combate do racismo e para a promoção da diversidade e inclusão racial no futebol.
Segundo levantamento do Observatório da Discriminação Racial do Futebol, foram registrados 90 casos de ofensas raciais em 2022, contra 64 em 2021. Um aumento de 40%. O Regulamento Geral de Competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para 2023 indica punição a casos de discriminação, que pode variar de uma advertência até a perda de pontos.
A final da Copa do Brasil foi escolhida para a realização da ação de divulgação pelo alto número de pessoas presentes no estádio e pela grande audiência, típica de uma final de campeonato, independente de quais clubes a disputassem.
Na ocasião, a ministra de Igualdade Racial Anielle Franco utilizou um voo da FAB de Brasília para São Paulo para a missão institucional, como é praxe em deslocamentos para ações ministeriais e de governo e como uma medida de economia de gastos públicos para locomover as equipes.
Em nota, o ministério reforçou seu compromisso com os princípios de transparência e eficiência. “As ações do Ministério da Igualdade Racial são realizadas observando os princípios que basilam a boa administração pública, e em cumprimento da missão institucional do Ministério”, disse o MIR em comunicado.
O ministro do Esporte, André Fufuca, também utilizou uma aeronave da FAB, saindo de São Luís do Maranhão para a capital paulista. A solicitação se deu em face do cancelamento do voo comercial no qual o ministro embarcaria e pela falta de decolagens do Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado para São Paulo em tempo hábil para o evento da ação contra o racismo no futebol.
Com Racismo Não Tem Jogo – Disque 100
Aproveitando a visibilidade da final da Copa do Brasil, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania também participou da agenda, promovendo uma ação de mídia no estádio com os dizeres “Com racismo não tem jogo” e a divulgação do Disque 100.
O Disque 100 é o serviço de utilidade pública para denunciar violações de Direitos Humanos. Durante a ação foi exibido um balão inflável do Disque 100, Disque Direitos Humanos, da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH). O ministro Silvio Almeida esteve presente e frisou que a divulgação do Disque 100 é um mecanismo que precisa ser divulgado cada vez mais para a sociedade.