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Fotógrafo não participou de “armação” no dia 8 de janeiro no Planalto
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Diversas postagens em redes sociais estão disseminando a informação de que o repórter fotográfico Adriano Machado, da Reuters, participou dos atos golpistas do dia 8 de janeiro. A narrativa que vem sendo compartilhada é que havia profissionais da imprensa dentro do Palácio do Planalto antes mesmo do início das depredações e que eles estariam combinados com supostos infiltrados, com objetivo de registrar as imagens para imputar a culpa aos simpatizantes da gestão anterior.
A campanha de desinformação contra o fotógrafo Adriano Machado iniciou após a divulgação de um vídeo em que o profissional aparece logo atrás de um grupo que arromba a porta de acesso à antessala do gabinete da Presidência da República. E, somente o fato de Machado ter publicado tais fotos em sua página do Facebook, já foi a “prova”, dentro da narrativa das redes, para que tenha sido considerado um “infiltrado” nos ataques do dia 8 de janeiro.
O fato é que as alegações contra Adriano Machado são totalmente descabidas. O profissional em questão é um repórter fotográfico e, como tal, foi ao local para cobrir um evento que transpassou a esfera nacional, e transformou-se em uma pauta internacionalmente acompanhada. Além disso, a Constituição Federal de 1988 garante em seu artigo nº 220, que é livre a manifestação do pensamento, sob qualquer forma, e nenhum veículo sofrerá qualquer restrição. E, tendo em vista que a Reuters é uma agência internacional, que fornece material jornalístico a outros veículos de comunicação mundo afora, nada mais natural do que ter profissional no local exercendo sua função.
Além disso, o jornalista fotográfico Adriano Machado reside em Brasília e, desde 2016, trabalha na Agência Reuters fotografando eventos do governo federal, como sempre fez, inclusive na gestão anterior. Vale destacar que o profissional da Reuters não foi o único fotojornalista a registrar as cenas que, aliás, foram transmitidas ao vivo por todas as redes sociais.
Portanto, não procede a informação de que o fotógrafo seria um infiltrado e estivesse no Planalto antes dos ataques. Em nota, a Agência informou que “o fotojornalista da Reuters que cobriu o ataque ao Palácio do Planalto em Brasília no dia 8 de janeiro havia passado a manhã cobrindo um protesto pacífico. Posteriormente, ele testemunhou um grande grupo de manifestantes subindo a rampa principal do palácio e os seguiu para documentar o desenrolar dos acontecimentos. Nós defendemos a sua cobertura, que foi imparcial e de interesse público”, finalizou.
Sobre a Reuters – Trata-se de uma agência de notícias que replica seu conteúdo. A agência oferece uma cobertura completa dos principais assuntos econômicos no Brasil e no mundo. É reconhecida por sua reputação na Europa, por ser a primeira a reportar “furos” jornalísticos no exterior e também no Brasil.
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