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MERCOSUL
É falso que moeda comum entre Brasil e Argentina irá substituir o Real
![Governo Federal esclarece sobre estudo para moeda comercial entre Brasil e Argentina](https://www.gov.br/secom/pt-br/fatos/brasil-contra-fake/noticias/2023/03/governo-federal-esclarece-sobre-estudo-para-moeda-comercial-entre-brasil-e-argentina/moeda-comum_ricardo-stuckert.jpg/@@images/e96c77c8-a4ec-4210-815f-01ab47f4023b.jpeg)
É falsa a informação repercutida nas redes sociais de que Brasil e Argentina estudam uma moeda única para substituição do real. Conteúdos dessa natureza, portanto, são enganosos.
Em janeiro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou com Alberto Fernández, presidente da Argentina. Nesse encontro, um dos tópicos de discussão foi a possibilidade da criação de uma moeda comum entre os países do Mercosul. Porém, o caráter que abrangeria essa moeda diz respeito apenas às operações comerciais entre os países, ou seja, em nenhum momento foi falado em substituição ao Real, no caso brasileiro, e ao Peso, no argentino.
Dessa forma, nesse sistema, as importações, exportações e demais transações seriam feitas baseadas no valor da moeda comum, sem depender do dólar norte-americano (como é atualmente).
A moeda comum sequer chegaria a ser utilizada pela população. Seu uso seria apenas para transações comerciais entre os dois países. Assim, os países manteriam suas próprias moedas e a criação de uma nova moeda seria utilizada apenas pelo governo.
“O que acaba acontecendo hoje é que o comércio entre o Brasil e Argentina fica constrangido pela disponibilidade da moeda (Dólar) de um terceiro país, não participante desse comércio. Hoje nós temos no mundo um país que detém a sua moeda nacional como moeda internacional”, afirmou Galípolo. “Não me parece fazer sentido que a região esteja constrangida no seu comércio em função do resultado da política monetária de um terceiro país que não está participando”, disse o secretário, explicando que a autoridade monetária norte-americana determina sua taxa de juros em função de questões domésticas, como nível de inflação e atividade econômica. “Estamos buscando soluções para podermos superar esse tipo de constrangimento”, apontou Galípolo em nota.