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Parceria visa acelerar inclusão produtiva de inscritos no CadÚnico e fortalecer política de cuidados
Um dos acordos consiste em um protocolo de intenções que prevê estudos para subsidiar ações que acelerem a inclusão social e produtiva das pessoas inscritas no CadÚnico - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Governo Federal firmou dois acordos para apoiar ações de inclusão socioeconômica voltadas ao público inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e aprimorar a Política Nacional de Cuidados. A parceria envolve o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Os documentos foram assinados na quinta-feira, 19 de dezembro, pela presidenta do Ipea, Luciana Mendes Santos Servo, e pelo ministro do MDS, Wellington Dias.
Um dos acordos consiste em um protocolo de intenções que prevê a realização de estudos para subsidiar ações que acelerem a inclusão social e produtiva das pessoas inscritas no CadÚnico, identificando demandas em diversos setores econômicos, oportunidades de trabalho e renda e novas ocupações.
O ministro Wellington Dias ressaltou que a parceria vai qualificar as ações do Programa Acredita no Primeiro Passo, que apoia ações de incentivo à qualificação profissional e à inserção dos cidadãos no mundo do trabalho, por meio do emprego e do empreendedorismo. De acordo com o ministro, 91% das 3,5 milhões de vagas de emprego geradas entre janeiro de 2023 e setembro de 2024 foram ocupadas por pessoas inscritas no CadÚnico.
“Essa é a função do Ipea, assessorar o governo brasileiro para decisões mais efetivas. E nós já temos uma longa parceria com o MDS”, reforçou a presidenta Luciana Servo.
GERAÇÃO DE EMPREGOS — O secretário de Inclusão Socioeconômica do MDS, Luiz Carlos Everton, explicou que os estudos deverão analisar o perfil socioeconômico das pessoas inscritas no CadÚnico e avaliar as demandas de mercado. “Queremos avaliar os setores econômicos que geram mais emprego e renda e fazer uma análise de cenário futuro, para direcionar, inclusive, nossas capacitações”, propôs.
De acordo com Mauro Oddo, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, a intenção é utilizar um “modelo de matriz de insumo-produto” para avaliar o potencial de geração de empregos diretos e indiretos das atividades produtivas. “O modelo de matriz de insumo-produto é tradicionalmente utilizado para analisar o encadeamento da estrutura produtiva. Se consigo ver como uma atividade econômica impacta a outra, em termos de uso de insumos e de demanda, consigo olhar também outras coisas associadas ao produto, como a geração de emprego, não só da atividade em si, mas de toda a cadeia produtiva, dos fornecedores aos canais de distribuição. A ideia é desenvolver esse modelo para identificar quais atividades econômicas têm potencial de ‘tirar gente’ do CadÚnico”, explicou.
CUIDADOS — Para fortalecer a Política Nacional de Cuidados, o Ipea e o MDS assinaram um termo de execução descentralizada (TED) que prevê a realização de estudos e a produção de indicadores que subsidiem a implantação e o aprimoramento da iniciativa.
De acordo com a secretária Nacional da Política de Cuidados e Família, Laís Abramo, cinco temas serão trabalhados: famílias em situação de rua; pessoas em situação de acolhimento; uso do tempo; inclusão do cuidado no Beneficiômetro da Seguridade Social; e monitoramento das ações do plano. “A capacidade técnica do Ipea vai fortalecer muito a política”, assegurou.