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Prioridades da presidência brasileira do G20 são destaque do “Me Conta, Brasil”
Videocast da Secom debate as prioridades do Brasil à frente do G20
O mais novo episódio do videocast “Me Conta, Brasil” mostra como a presidência brasileira do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo, está atuando para propor soluções para desafios globais que afetam a vida de milhões de pessoas. O G20 é um grupo formado por 19 países, a União Europeia e recentemente incluiu também a União Africana.
As iniciativas brasileiras de criar uma Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e o G20 Social — espaço para ouvir vozes da sociedade — são dois dos eixos do G20 Brasil e são os temas principais do 34º episódio do programa, que foi ao ar nesta quinta-feira, 14 de novembro, e está disponível nas redes sociais e no canal do YouTube da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. “O que é discutido dentro do G20 é algo que vai impactar bilhões de pessoas de todo o planeta”, resumiu Adriano Santos, morador de Brasília (DF), ao conversar com a equipe do “Me Conta, Brasil” nas ruas da capital federal.
Para o bate-papo, a apresentadora Keila Santana recebeu os convidados Gustavo Westmann, chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais da Secretaria-Geral da Presidência; e Renato Godinho, assessor de Assuntos Internacionais do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome. Juntos, eles explicam os desafios para transformar o grupo em um espaço de participação social e escuta dos movimentos sociais, assim como detalham a articulação em torno da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza que atraia o compromisso e adesão de vários países do mundo.
G20 SOCIAL — Gustavo Westmann explica que o objetivo do G20 Social é criar um espaço para incluir as sociedades dos diferentes países participantes G20 para participar das mesas de negociação. “Quando a gente, no início do ano, recebeu essa missão de deixar como um legado da presidência brasileira do G20 a participação social, o desafio ao longo do ano foi exatamente esse: fazer novas vozes chegarem nas mesas de negociação e fazer com que realmente esses líderes e esses negociadores ouvissem essas vozes de um amplo grupo de movimentos sociais”, salientou. “Desde os primeiros mandatos, o presidente Lula sempre tem defendido que a gente não faz política pública eficaz, eficiente, sem participação social. A gente não consegue tomar decisões acertadas em nome de outras pessoas sem conhecer os problemas reais que elas enfrentam. Então, quando a gente assumiu a presidência do G20, a ideia foi um pouco levar essa mesma racionalidade para a arena internacional”, prossegue Gustavo, acrescentando que foram incorporadas ao processo o aprendizado de experiências similares obtidas com a Cúpula da Amazônia e Cúpula do Mercosul, mas agora em uma escala ampliada.
MECANISMOS - Westmann observa que o G20 era considerado um grupo fechado e a ideia da presidência brasileira foi desenvolver mecanismos e iniciativas com dois objetivos: ampliar a base de participação social e assegurar que as vozes fossem efetivamente escutadas. “Para fazer efeito prático na vida das pessoas, eles precisam ouvir essas pessoas”, defende. “A gente costuma dizer que um monte de burocrata engravatado, sentado no escritório, não vai saber qual é o problema real de uma periferia ou de uma comunidade indígena. A gente precisa ir lá, ver, ouvir essas pessoas. E uma coisa muito bacana, por exemplo, foi a gente trazer as periferias para o G20, quando houve as cúpulas de movimentos de favela. É um processo, obviamente, mas a gente está conseguindo levar para a ponta esse processo do G20”, celebra. “E a abertura da Cúpula Social será o grande auge, o ápice de tudo isso”, finaliza.
ALIANÇA GLOBAL — Para enfrentar a fome sofrida por 735 milhões de pessoas em todo o mundo, uma das principais bandeiras da presidência brasileira à frente do G20 é a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. “Foi uma proposta do presidente Lula, desde o início, para aproveitar essa plataforma poderosa”, relembra Renato. “Usar essa plataforma poderosa dos 20 países mais influentes para lançar uma proposta que vai além do G20. Então, ela se chama Aliança Global por uma razão: é uma aliança para todos os países que quiserem entrar. Foi definida aqui no G20, mas tá na rua, já é lançada com países que não estão no G20, com organizações que não estão no G20 também, para ser aberta e buscar fazer a diferença nessa luta contra a fome e a pobreza”, elucida.
INTERCÂMBIO — Renato explica que o Brasil colabora na troca de experiências com outros países sobre programas sociais e políticas públicas que atuam no combate à fome e na garantia de assistência social à população mais afetada pela insegurança alimentar. “O Brasil tem muitos problemas, é evidente, mas a gente tem coisas aqui que a população brasileira já tem há muito tempo e que ajudam a cuidar dos mais pobres”, destaca. “A gente está falando do Bolsa Família, de em todas as escolas públicas as crianças terem condição de ter uma refeição quente, que é alimentação escolar, programas de assistência social, de inclusão socioeconômica. Isso tudo existe no Brasil e segura as pontas para muitas pessoas”, ressalta.
CESTA DE POLÍTICAS - Ele sublinha que, embora os países enfrentem falta de condição técnica e recursos materiais para implementar soluções executadas em outros países, há décadas experiências estão sendo feitas para ajudar os países mais pobres a se inspirar em projetos eficazes no combate à insegurança alimentar. “A ideia da Aliança é, primeiro, reunir essas experiências e dar visibilidade. Fazer o que a gente chama de cesta de políticas, um cardápio do que funciona, desde que bem implementado, bem feito e em escala”, relata. “A Aliança vai tentar buscar recursos financeiros dos grandes países mais ricos, dos bancos multilaterais, que hoje estão por aí, mas são insuficientes, fragmentados, mas não apoiam os governos a terem as suas políticas, que depois eles podem dar continuidade, eles podem colocar no Orçamento”, salienta.
O QUE É — O “Me Conta, Brasil” é uma ferramenta para dialogar com a população e divulgar informações sobre os programas do Executivo que fazem a diferença na vida das pessoas. A ideia é que o videocast seja um espaço de bate-papo para explicar como a população pode garantir os seus direitos e se beneficiar com as ações federais. A cada apresentação, dois ou mais porta-vozes de diferentes ministérios e empresas públicas devem participar do diálogo. "É nosso novo canal de comunicação. Queremos detalhar a relevância de cada ação e mostrar como esses programas de saúde, educação, segurança e moradia transformam a vida", afirmou o ministro da Secom, Paulo Pimenta.