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CRIA G20
Cria G20 encerra com debate sobre racismo ambiental e desigualdade social
Raull Santiago, Edu Carvalho, Isabel Fillardis e Evandro Fióti no G20 TALKS - Vozes Negras - Foto: Divulgação / CRIA G20
O Cria G20 encerrou neste sábado (16) sua programação de três dias com um painel sobre racismo ambiental e desigualdade social, reforçando o papel das narrativas negras no enfrentamento às mudanças climáticas e na busca por justiça social. Sob o título “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”, o debate contou com a presença da atriz e escritora Isabel Fillardis, do artista e empresário Evandro Fióti e do diretor executivo do Papo Reto, Raull Santiago, com mediação do comunicador e apresentador Edu Carvalho.
“Precisamos superar o ciclo de exclusão e garantir que nossas vozes estejam nos espaços de decisão. O ativismo negro tem respostas urgentes para a crise climática”
Isabel Fillardis
Atriz e escritora
“Precisamos superar o ciclo de exclusão e garantir que nossas vozes estejam nos espaços de decisão. O ativismo negro tem respostas urgentes para a crise climática”, afirmou Isabel Fillardis, que também destacou a interseção entre arte e ativismo como ferramentas para transformação social.
O racismo ambiental foi apontado como um fator que intensifica as desigualdades sociais e aprofunda os impactos da crise climática nas periferias urbanas. Raull Santiago, que também é uma liderança comunitária do Complexo do Alemão, destacou como as comunidades mais vulneráveis sofrem com a falta de políticas públicas. “As mudanças climáticas amplificam as desigualdades. Precisamos que as periferias estejam representadas nos debates globais”, declarou.
Fioti ressaltou a importância de alinhar empreendedorismo e sustentabilidade como caminhos para a transformação. “Nosso trabalho tem impacto social real. Não estamos falando apenas de cultura ou mercado, mas de sobrevivência e renovação”, afirmou.
O debate reforçou a necessidade de amplificar as narrativas negras e colocar a justiça social no centro das soluções para a crise climática. “O racismo ambiental reflete desigualdades históricas, mas também é uma oportunidade de mostrarmos como nossas experiências podem oferecer respostas únicas e transformadoras,” pontuou Isabel Fillardis.
Encerrando o evento, o mediador Edu Carvalho sintetizou o espírito do Cria G20: “A construção de um futuro sustentável e justo só será possível se ouvirmos e integrarmos as vozes negras.”
Com o painel, o Cria G20 consolidou-se como um espaço fundamental para debater justiça climática e social, levando essas pautas para o centro das discussões globais promovidas pelo G20.