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SOCIEDADE CIVIL
G20: Cúpula Social tem início no dia 14 de novembro, no Rio de Janeiro
A Cúpula do G20 Social é o ápice do processo de participação social, idealizado pelo presidente Lula em dezembro de 2023, em Nova Délhi, na Índia, quando o Brasil assumiu simbolicamente a presidência rotativa do bloco. E foram realizados encontros preparatórios para o evento - Foto: Agência Brasil
A Cúpula do G20 Social vai ocupar, em menos de um mês, entre os dias 14 e 16 de novembro, uma das áreas mais simbólicas do centro do Rio de Janeiro: a Praça Mauá. Como um país plural, diverso e com autoridade para tratar de questões fundamentais, a participação social garante espaço, às vésperas da Cúpula de Líderes do G20, para as diferentes vozes, lutas e reivindicações das populações e agentes não-governamentais dos países que compõem as maiores economias do mundo. Assim, o grupo pretende que as colaborações da sociedade civil sejam analisadas e, se houver consenso, incorporadas à Declaração de Líderes.
Coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR), o G20 Social é um processo inédito criado pela presidência brasileira do G20. O objetivo é ampliar a participação social nos processos de debate para decisões da Cúpula dos Líderes do G20, em torno de três eixos centrais escolhidos pelo governo brasileiro: combate à fome, à pobreza e às desigualdades; sustentabilidade, mudanças climáticas e transição justa; e reforma da governança global.
A Cúpula do G20 Social é o ápice do processo de participação social, idealizado pelo presidente Lula em dezembro de 2023, em Nova Délhi, na Índia, quando o Brasil assumiu simbolicamente a presidência rotativa do bloco. Desde então, o G20 Social deu espaço à pluralidade de vozes da sociedade civil brasileira e estrangeira e propiciou, pela primeira vez, encontros entre as trilhas política e financeira da cúpula de líderes mundiais e os grupos de engajamento e lideranças de movimentos sociais.
PROGRAMAÇÃO — A Cúpula do G20 Social contará com feiras organizadas ao longo do Boulevard Olímpico em três caminhos temáticos: o da Sustentabilidade, com artesanato e serviços; o do Combate à Fome, com produtos alimentícios e agroecológicos; e o da Cultura dos Povos, com literatura, publicações e divulgações sociais. Serão 150 barracas selecionadas num processo que recebeu 264 inscrições.
Além disso, contará com o Festival de Cultura “Aliança Global Contra a Fome”, no Palco Central, na Praça Mauá, todos os dias a partir das 18h. Terá ainda o espaço CRIA, um ponto central de conexões entre criadores de conteúdo, comunicadores e ativistas.
Dia 1 - O primeiro dia da Cúpula Social, 14 de novembro, será marcado por atividades propostas pela sociedade civil em suas mais diversas vozes, as atividades autogestionadas. São debates, conversas e mesas temáticas organizadas por movimentos sociais, grupos de engajamento, organismos internacionais, conselhos, universidades, governos, setor privado, dentre outros, do Brasil e do exterior. Ao todo foram recebidas 852 inscrições e selecionadas, numa primeira chamada, 164 atividades. A Secretaria-Geral trabalha para incluir novas atividades em outros espaços.
Dia 2 – A programação do segundo dia da Cúpula Social, 15 de novembro, estará organizada em torno dos três eixos temáticos - Combate à Fome e à Pobreza, Sustentabilidade e Governança Global - com aprovação de um documento por eixo. Em seguida, continuam as atividades coordenadas pela sociedade civil no período da tarde.
Dia 3 - O último dia da Cúpula Social, 16 de novembro, será o da síntese das atividades desenvolvidas para o G20 Social. Da plenária final sairá a aprovação de documento que será entregue na Cúpula dos Chefes de Estado, com ato de encerramento no período da tarde, no Palco Central da Praça Mauá.
CONSULTA PÚBLICA — Até o dia 31 de outubro, está aberta a Consulta Pública do G20 Social Participativo, em que pessoas do mundo todo podem enviar suas recomendações em relação aos três temas prioritários do G20: Combate à Fome e à Desigualdade; Sustentabilidade, Mudanças do Clima e transição justa e Reforma da Governança Global. É possível deixar as contribuições em português, inglês e espanhol. Acesse o site da Consulta Pública.
PARTICIPAÇÃO DE MOVIMENTOS — Os 13 grupos de engajamento que fazem parte do G20 Social são: C20 (sociedade civil); T20 (think tanks); Y20 (juventude); W20 (mulheres); L20 (trabalho); U20 (cidades); B20 (business); S20 (ciências); Startup20 (startups); P20 (parlamentos); SAI20 (tribunais de contas); e os mais novos J20 (cortes supremas) e O20 (oceanos).
Dando continuidade a esse processo de participação social, a presidência brasileira, por meio da Secretaria-Geral da Presidência da República, de maneira inédita, convidou os movimentos sociais de base histórica nacional para construção dos processos. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib); a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong); a Central Única dos Trabalhadores (CUT); a Coalizão Negra por Direitos; a Marcha Mundial das Mulheres (MMM); a Central Única das Favelas (Cufa); e o Movimento de Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) integram o comitê organizador da Cúpula Social do G20, dando as cores e os prismas das lutas populares brasileiras ao planeta.
G20 — Desde 1º de dezembro de 2023, o Brasil assumiu, pela primeira vez, a presidência do G20 e colocou na pauta prioridades como a reforma da governança global, as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e o combate à fome, pobreza e desigualdade. Com presidências rotativas anuais, o G20 desempenha papel importante nas grandes questões econômicas internacionais.
Atualmente, além de 19 países dos cinco continentes (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia), integram o fórum a União Europeia e a União Africana. O grupo agrega dois terços da população mundial, cerca de 85% do PIB global e 75% do comércio internacional.
A agenda do G20 inclui outros temas de interesse da população mundial, como comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas e combate à corrupção.